Em relação à Mata Atlântica
no estado de São Paulo, responda ao que se pede.
a.
Em 1500, a Mata Atlântica recobria quanto do
território Paulista? E, passados mais cinco séculos, quanto ela recobre?
R: 82% de sua área
total e atualmente foi reduzida para 7%.
A Mata Atlântica é
o mais extenso bioma presente no território brasileiro: cobre a área que vai do
sul ao nordeste do Brasil, mas hoje só existe o equivalente a 7% de sua
floresta original
b.
Cite as atividades econômicas que deram inicio à
sua devastação.
R: Extrativismo:
Mineral, Vegetal e Animal e Industrial
Sobre a atividade mineradora nas Minas
Gerais, no final do século XVII e parte do século XVIII, responda ao que se
pede.
a.
Qual é a relação entre a atividade mineradora e
a produção de espaços geográficos? Exemplifique.
R: Desde o início da colonização de Brasil, os
portugueses, sabendo das riquezas minerais descobertas na parte da América
pertencente aos espanhóis (México e Peru), tentavam a todo o custo descobri-las
em nosso território.
Com a descoberta do ouro, no final do século XVII
(1690), no atual estado de Minas Gerais, na região das cidades de Sabará,
Mariana e Ouro Preto, surgiu para Portugal uma nova fonte de renda muitas vezes
superior ao açúcar, que entrava em decadência.
A partir dessa época, como decorrência da corrida
do ouro, o espaço do Sudeste começou a ser ocupado e organizado.
Com a descoberta do ouro e, depois, dos diamantes
(1729), as expectativas de um rápido enriquecimento passaram a atrair um grande
número de pessoas para a região das Minas Gerais, dando origem a vários núcleos
de povoamento (os arraiais) que logo se transformariam em vilas e cidades.
Ao lado dos senhores de engenho nordestinos
surgiu uma nova figura na sociedade colonial brasileira: o senhor de lavras,
que, ao contrário dos primeiros, vivia na cidade, dando origem a um processo de
crescimento urbano bastante acelerado.
b.
Com a decadência da mineração na segunda metade
do século XVIII, quais foram às conseqüências sociais e econômicas nas Minas
Gerais?
R: A decadência mineira
Conforme Caio Prado Júnior, o ouro brasileiro é,
em sua maior parte, de aluvião, isto é, foi depositado, ao longo dos milênios,
nos leitos dos rios e nas margens próximas, pelas águas que atacaram rochas
matrizes. Daí a pequena concentração e o rápido esgotamento das j jazidas, a
mais importante causa da decadência da mineração. Raras e pobres, as rochas
matrizes não puderam ser exploradas no século XVII pela simples razão de que
eram deficientes os recursos e os conhecimentos técnicos dos mineradores.
A segunda causa da decadência da economia
aurífera estaria no baixo nível técnico da colônia, dada a inexistência de um
bom sistema educacional. O naturalista francês Saint-Hilaire notou que os
mineiros, sem conhecimento escolar algum, entulhavam os vales com a terra das
montanhas, cobriam com os resíduos da lavagem do ouro terrenos ainda não
explorados; obstruíam o leito dos rios com areia e pedras e comprometiam a vida
dos escravos. Saint-Hilaire resumiu: "A arte de explorar minas não é
entre eles mais que uma rotina imperfeita e cega”.
Em terceiro lugar, pode-se dizer que o próprio
sistema administrativo acelerou a decadência:
_ a única preocupação era o quinto;
_ para a queda da produção, as autoridades só
tinham uma explicação: a fraude;
_ não havia preocupação alguma em melhorar as
técnicas de exploração;
_ os funcionários responsáveis entendiam de
regulamentos e tributos e nada de mineração;
_ o poder público se comunicava com os
mineradores de uma única maneira: através de castigos e punições para qualquer
crítica;
_ a imprevidência e a ganância impediram a
poupança para futuras eventualidades: a parte do rei foi transformada em
ostentação na Corte.
A extração de diamantes seguiu pelo mesmo caminho, somado à
crescente perda de valor das pedras preciosas pelo aumento da oferta. Também no
caso falou mais alto a ineficiência da administração. Sua incapacidade de
promover uma extração mais racional e menos custosa foi responsável pela
insignificância econômica da mineração de diamantes, j á a partir do fim do
século XVIII.