quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Como dividir a Europa!

Costuma-se dividir ou regionalizar a Europa em : Europa setentrional, Europa meridional, Europa central e Europa ocidental.
   A Rússia  -  imenso país localizado em terras europeias e asiáticas - em geral não é incluída nessa regionalização, pois merece um estudo à parte.  Veja o mapa ao lado .

    Mas essa divisão apresenta muitos problemas. De um lado, privilegia a localização geográfica e as características dos elementos naturais dessa faixa, como na Europa setentrional, na Europa central e na Europa meridional. De outro lado, a inclusão do Reino Unido na Europa ocidental indica que os critérios adotados são essencialmente históricos.
   Como os elementos sociais e históricos são mais significativos para a compreensão do espaço geográfico contemporâneo, convém estudar a Europa a partir da industrialização. Afinal, a indústria - atividade básica para a sociedade moderna - surgiu no continente em razão da situação política da sociedade inglesa do século XVIII. E uma regionalização com base na industrialização nos leva a considerar as questões político-econômicas da sociedade.
   Sabendo que a vida dos vários povos europeus se relaciona diretamente com essas questões político-econômicas, estudaremos a Europa a partir das profundas diferenças que a dividem em duas partes :
     - Europa ocidental - os países capitalistas desenvolvidos, ou do Primeiro Mundo, que se caracterizam por apresentar uma economia de mercado consolidada.
        - Europa oriental - os países ex-socialistas, que possuíam, até há poucos anos, uma economia planificada. Atualmente são "economias de transição", que em grande parte ainda não consolidaram totalmente suas economias de mercado.
   Podemos ainda reconhecer outra porção da Europa, que costuma ser estudada separadamente, formada pela parte europeia da Rússia e pelos demais países da CEI geograficamente localizados na Europa : Ucrânia, Belarus, Moldávia,  Geórgia, Armênia e Azerbaijão.
   A Europa ocidental e a Europa oriental são as duas principais regiões do continente. Elas foram criadas, em primeiro lugar, pelo processo secular de desenvolvimento do capitalismo e industrialização mais acelerado na parte oeste do continente; e, segundo lugar, pelos resultados da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945), que deixou a Europa dividida em duas partes principais, a capitalista e a socialista ou com economia planificada.
   Alemanha, Dinamarca, Reino Unido e França são exemplos de países cuja economia tem sido regido há séculos pelo mercado. Suas empresas tomam as decisões de quanto e onde investir capital, que preços cobrar ou pagar, etc. , sempre objetivando o lucro e levando em consideração as tendências do mercado. São, portanto, típicas economias capitalistas ou de marcado.
   Por outro lado, nações como a Polônia, a Hungria, a Albânia e a República Tcheca, entre outras, possuem economias que durante várias décadas foram regidas a partir de planos estabelecidos pelo governo para um certo período, geralmente de cinco anos. Foram os setores considerados prioritários que receberam os maiores investimentos durante a vigência da planificação, geralmente os setores de indústrias de base (siderúrgica, metalúrgica, mecânica pesada), e não de bens de consumo (indústria automobilística, de informática, microeletrônica, etc.), que até hoje são insuficientes. A planificação da economia e o domínio de um único partido político durante várias décadas nesses países do Leste europeu acentuaram ainda mais as diferenças já existentes em relação à Europa ocidental.
   Em outras palavras, economias planificadas eram aquelas em que a grande maioria das empresas não pertencia a particulares; elas eram públicas, ou melhor, estatais ou governamentais. Era o Estado, controlado por um partido oficial (geralmente o Partido Comunista), que centralizava todas as decisões econômicas por meio de seus técnicos ou funcionários responsáveis pela elaboração dos planos quinquenais. Essa situação vem se alterando bastante desde 1989, com o final do monopólio do poder pelo partido e inúmeras privatizações de empresas.    "




                                              PERGUNTAS  ou QUESTÕES


1-  De que maneira costuma-se regionalizar a Europa, segundo o texto ?

2-  Os autores explicam porque razão não preferem a inclusão da Rússia nessa regionalização da Europa.  Transcreva o parágrafo que esclarece isso.

3-  Qual acontecimento marcante seria a base, ou o critério, para uma melhor regionalização da Europa, segundo o texto ?  Porquê ?

4-  Levando em conta que a vida dos vários povos europeus se relaciona diretamente com essas questões político-econômicas, os autores decidiram estudar a a Europa em quais regiões ? 

5- Qual é a diferença marcante entre a Europa Ocidental e a Europa oriental, do ponto de vista político e econômico ? 

6-  O texto cita uma outra porção da Europa, que costuma ser estudada separadamente, que abrange  a parte europeia da Rússia e a CEI  . O que é a CEI ?

7- Quais acontecimentos foram os principais responsáveis pelo surgimento de duas porções distintas na Europa (a Europa ocidental e a Europe oriental)  ?

8-   Qual região da Europa é a capitalista e qual é a socialista, após a Segunda Guerra Mundial ?

9-  Quais países da Europa são há séculos regidos pela liberdade de mercado, ou capitalismo ?

10-  Quais exemplos, são citados, e países com economia planificada há décadas ?

11- Quais setores da economia foram  prioritários para investimentos dos governos dos países com economia planificada, ou socialistas ?


12- Caracterize as empresas dos países socialistas e as empresas dos países capitalistas.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

901- Rosângela

Escola Municipal Rosângela Duarte Faria.

Rio das Ostras, ______ de ________________de 2016.
Disciplina: Geografia                                           Professor (a): Laillah Patrício     Valor:  5,0
Nome: _________________________________         nº: ______           Turma :901

1.                   Qual das pirâmides etárias a seguir mais se assemelha com a realidade europeia? Justifique sua escolha.
  






2.                  
Observe a Charge a seguir.
 

a.                   O que se entende de xenofobia?
b.                   Se os estrangeiros são maltratados na Europa, porque a imigração continua existindo?
 
3.                   O problema da fome não é causado pela falta de alimentos, mas sim pela falta de distribuição de renda. Assim, faz sentindo acreditarmos na teoria malthusiana hoje? Por quê?
 
4.                   Assinale C para as alternativas certas e E para as erradas, corrigindo-as.
 
(   ) A Alemanha possui a maior economia da Europa.
(   ) Para a reconstrução da economia alemã do pós-guerra, os EUA ajudaram por meio do Plano Marschall.
(   )A Europa Ocidental é composta por países que sempre mantiveram a economia capitalista.
(   ) A União Soviética exercia forte influência sobre a Europa Oriental.
(   ) A Europa Ocidental é a parte mais rica do continente.
(   ) Um dos problemas dos países da Europa Ocidental é o preconceito contra os imigrantes.
(   ) As taxas de natalidade na Europa vêm diminuído muito.
 
5.Esta é a questão de n° 34 do ENEM 2016. Você sabe a resposta? Explique – a.


6.Veja a ilustração a seguir:
 
 

 
 
 
·          Brexit e o efeito dominó.
 
O mundo começa a reagir ao domínio da NOVA ORDEM MUNDIAL/ISLÃ e a líder da DIREITA na França dá um golpe mortal em Ângela Merkel – Alemanha.
 
                Disse Le Pen: “A Inglaterra está devolvendo a Inglaterra aos ingleses e iremos devolver a França aos Franceses e os muçulmanos devolveremos a quem os ama: a Alemanha"! 
 
                COMENTE!
 
 
7.Veja a ilustração a seguir:
 
 
 
 
·         A partir dela, explique por que os países da Europa se preocupam em resolver o endividamento de países como Grécia e Espanha.
 
8.                   Leia a afirmação: “Na realidade, a Alemanha não foi reunificada em 1990, mas sim anexada.”
 
Procure no dicionário, o significado das palavras “unificar” e “ anexar”, e com base nestes significados, justifique a afirmativa.
 
9.                   Na Europa Ocidental, encontram-se os países industrializados do continente. Apresente os países mais industrializados da Europa e o segundo grupo de países também bastante industrializados.
 


 

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Teste - 8 ano


ÁFRICA 

1. Sobre o continente africano, é falso afirmar que: 

a. A maioria dos países da África Subsaariana, a pobreza éuma herança do colonialismo.
b. As crises agudas de fome que vêm atingindo países africanos nas últimas décadas coincidiram com as circustâncias climáticas(secas prolongadas) ou políticas adversas(guerra civis ou conflitos separatistas), ou com uma combinação das duas.
c. A difusão descontroladas da AIDS na África funciona como uma bomba social: destrói os núcleos familiares que desempenham funções vitais na reprodução das sociedades.
d. As receitas decrescentes das exportações e as necessidades de importações cada vez maiores geram desequilibrios profundo na balança comercial das nações africanas.
e. O endividamento externo diminui em todo o continente afriacano.


2. Sobre o Continente Africano, assinale V para verdadeira e F para falso:

( ) Com extensão territorial de 30,1 milhões de quilômetros quadrados, a África é o maior continente do planeta.
( ) O continente africano é subdivido em África do Norte e África Subsaariana, sendo o islamismo o divisor cultural e o deserto do Saara o divisor natural.
( ) Os países da África não apresentam problemas socioeconômicos: baixo IDH, elevadas taxas de mortalidade infantil, baixa expectativa de vida, altos índices de analfabetismo e subnutrição.
( ) O continente africano tem suas terras cortadas pela linha do Equador e pelo meridiano de Greenwich, portanto este continente possui suas terras nos quatro hemisférios da Terra.
( ) São países que integram o continente africano: África do Sul, Nigéria, Camarões, Marrocos, Angola e Malásia.

a)            V V F F V
b)           V V F V F
c)            V V F V V
d)           V V F FF
e)           V VVVV

3.O rio cujo regime apresenta características equatoriais mais bem definidas é o:

a) Orange.
b) Níger.
c) Zambeze.
d) Congo.
e) Nilo.

4. Sobre o apartheid, na África do Sul, são feitas as seguintes afirmações:

I - A política do apartheid, implantada pelos ingleses na África do Sul, não conseguiu sobreviver à descolonização que invadiu o continente, no pós-guerra.
II - A formação dos bantustões, pelo governo branco da África do Sul, agravou o clima de revolta da maioria negra, marginalizada do poder no país.
III - A política do apartheid, institucionalizada pelos brancos de origem holandesa, os bôeres, não conseguiu sobreviver por muito tempo, após o témino da guerra fria.

a) São corretas as afirmações II e III.
b) Apenas a afirmação I correta.
c) Apenas a afirmação III é correta.
d) Apenas a afirmação II é correta.
e) São corretas as afirmações I, II e III

5.  De um total de 36 milhões de hectares na África do Sul, 27 milhões eram negros, dos quais, mais da metade estava distribuída pelos dez bantustões criados pelo governo de Pretória: seis autônomos e quatro proclamados independentes.

a)            O que eram bantustões e por que foram criados?
 
6.A política do apartheid foi um feito histórico que marcou a África do Sul e deixou muitas marcas recentes nesse país. É comum falar em "apartheid social". O que significa essa terminologia e quais as referencias à política sul-africana?

7. Quais os grupos étnicos envolvidos nos conflitos em Ruanda? Quais fatores relacionados ao processo colonial aumentaram a rivalidade entre os dois grupos?

8. Basicamente, a mineração e a agricultura são as principais atividades econômicas da África. Quais as formas de praticar a agricultura na África?

9. Como se explica a baixa produção de alimentos na África, apesar de mais da metade da população africana estar localizada na zona rural?

10. " A África é um continente assolado pela miséria,por doenças e pela fome. Apesar deter muitas riquezas naturais,enfrenta dificuldades para gerar desenvolvimento econômico sem ajuda externa. Nesse continente são visíveis as condições de pobreza, sendo o continente africano o mais pobre de todos."

Qual razão explicaraia a pobreza e o subdesenvolemento do continente africano?


domingo, 25 de setembro de 2016

Aulão de Geografia diretamente do México

Aula desenvolvida através do uso da tecnologia (Skype) com o tema México.











"É evidente a insatisfação dos alunos em relação a aulas ditas "tradicionais", ou seja, aulas expositivas nas quais são utilizados apenas o quadro-negro e o giz. O aprender por aprender já não existe: hoje, os alunos precisam saber para que e por que precisam saber determinado assunto. Essa é a típica aprendizagem utilitária, isto é, só aprendo se for útil, necessário para entrar no mercado de trabalho, visando ao retorno financeiro. A internet invade nossos lares com todas as suas cores, seus movimentos e sua velocidade, fazendo o impossível tornar-se palpável, como navegar pelo corpo humano e visualizar a Terra do espaço sem sair do lugar. É difícil, portanto, prender a atenção do aluno em aulas feitas do conjunto lousa + professor.

Então, por que fazer o mesmo quando se pode fazer diferente? Uma vez que os alunos gostam tanto de aulas que utilizam a tecnologia, por que não aproveitar essa oportunidade e usá-la a seu favor? 

domingo, 4 de setembro de 2016

Jogos Olímpicos, economia e política - E.M. Profª Rosângela Duarte Faria/turma 901

Jogos Olímpicos, economia e política
É difícil ficar indiferente aos Jogos Olímpicos. Durante as semanas em que dura o evento, as competições, os dramas pessoais dos atletas e a contagem de medalhas dominam as conversas. É praxe, também, lamentar a falta de preparação de nossos atletas, comparada com a de outros países que dão prioridade maior ao esporte. A esperança de medalhas fica por conta de alguns poucos solitários heróis, e dos esportes coletivos.
Por outro lado, Estados Unidos e China dominam o quadro de medalhas. A China substituiu a antiga União Soviética no papel de contrapeso ao poderio norte-americano. Transfere-se, assim, a disputa econômica e política para o campo esportivo. É de senso comum que um país tem sucesso nas Olimpíadas ou por ser rico (caso da Alemanha), ou por usar o esporte como vitrine de um determinado modelo econômico (caso da China), ou ambos (caso dos EUA). Ser rico, no entanto, não basta. Vejamos, por exemplo, o caso do Japão. Trata-se de um país populoso, com uma das maiores rendas per capita do mundo. Veja o gráfico a seguir:
No eixo vertical, temos o número relativo de medalhas em cada Olimpíada, tanto de ouro quanto o total. Note que o Japão havia conseguido atingir um patamar entre 4% e 6% de medalhas conquistadas nas Olimpíadas antes da 2a Guerra, e havia recuperado este patamar no pós-guerra. A Olimpíada em Tóquio é um ponto fora da curva (veremos mais para frente o efeito de fazer uma Olimpíada em casa), mas note que o patamar continua o mesmo. A partir de 1988, no entanto, algo aconteceu, e este patamar caiu para algo em torno de 2%, melhorando um pouco nas duas últimas Olimpíadas, mas sem voltar ao patamar anterior. O que terá acontecido? Será este um sintoma do envelhecimento da população japonesa? Não tenho a pretensão de ter as respostas a essas questões, mas apenas mostrar que riqueza não é necessariamente sinônimo de sucesso nas Olimpíadas.
Outro caso na mesma linha é o dos países escandinavos (Suécia, Noruega, Finlândia e Dinamarca). Vejamos:
Note como o padrão mudou radicalmente a partir da Olimpíada de 1960, e de lá para cá só vem piorando. Não me consta que esses países ficaram mais pobres, ou que as políticas públicas sejam ruins. Pelo contrário. Talvez um fator que explique este comportamento tenha sido a entrada em cena de um outro tipo de competidor: os países que usam o esporte como vitrine do sucesso de seu sistema econômico e político.
A Alemanha, em 1936, foi o primeiro país que usou os Jogos Olímpicos para este fim. Vejamos:
Note que há um pico completamente fora do histórico em 1936. Há o fator “casa”, sem dúvida, mas também houve um preparo especial para mostrar que a raça ariana era superior. O crescimento pós-guerra se deu em outro contexto, ainda que pelo mesmo motivo: a máquina de ganhar medalhas montada pelos países comunistas (no gráfico acima, a Alemanha Oriental está incluída nas estatísticas).
Cortina de Ferro era a denominação dada aos países da Europa Oriental na órbita da antiga União Soviética. Veja como entre as Olímpiadas de 1972 e 1988, esses países dominaram os Jogos, abocanhando cerca de 50% das medalhas (desconsiderando a de 1984, onde a maioria desses países não compareceu). Depois do colapso da nave-mãe em 1989, o número de medalhas despencou, mas ainda permaneceu em patamar elevado (cerca de 30% do total), mostrando que o investimento feito no esporte permanece no tempo. Mais recentemente, a partir de 2004, vemos que o número de medalhas parece ter começado a diminuir novamente. Vamos ver o que acontece agora nesta Olimpíada.
Antes de entrar no caso da China, dois gráficos adicionais sobre a União Soviética:

A partir de 1992, estes dois gráficos foram construídos com base na soma das ex-repúblicas socialistas soviéticas, uma vez que a URSS deixou de existir. Note como tanto os EUA quanto a antiga URSS perderam a hegemonia que tinham até as Olimpíadas de 1976, quando chegaram a ter, somados, quase 50% das medalhas (os anos de 1980 e 1984 foram retirados das séries por serem anos de boicote, o que poluía os gráficos). Observe também que, mesmo com o fim da URSS, estes países continuam a ter um desempenho decente. Ou seja, aquele investimento feito para exaltar o regime, permaneceu dando os seus frutos muitos anos depois.
Agora, a China:
Sabe porque o gráfico começa somente em 1984? Porque este foi o ano em que a China ganhou a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas! Mesmo em termos de medalhas de outras cores, a China só havia ganho outras duas antes: uma nas Olimpíadas de 1960 e outra na de 1968. Ou seja, a China só começa a existir no mundo olímpico a partir das Olimpíadas de Los Angeles. O crescimento a partir daí, principalmente no que se refere às medalhas de ouro, é incrível. Este desempenho (cerca de 17% das medalhas nas Olimpíadas de Pequim) só é comparável ao dos EUA e URSS das décadas de 70 para trás. A que se deve? Certamente muito investimento no esporte, visto como vitrine privilegiada do regime. Chegam-nos histórias escabrosas sobre treinamentos desumanos, crianças separadas de suas famílias para treinar em tempo integral em instalações estatais, etc. De certa forma, o paralelo com a economia é inevitável: todos gostam dos resultados, mas não querem os meios pelos quais foram alcançados. E, a julgar pelo desempenho atual das ex-repúblicas soviéticas, e mesmo pelos países que fizeram parte da Cortina de Ferro, podemos nos preparar para muitas décadas de presença chinesa nos pódios olímpicos.
O grande perdedor neste processo, sem dúvida alguma, foram os Estados Unidos. Vejamos:
A escala foi ajustada, de modo que o ponto da Olímpiada de 1904, em New Orleans, ficasse de fora. Neste ano, os EUA ganharam inimagináveis 85% de todas as medalhas disputadas! Para que o gráfico ficasse menos distorcido, optei por deixar este ponto de fora. Também os anos de 1980 e 1984 não aparecem, por serem anos de boicote e, portanto, não representativos. Neste gráfico de longo prazo podemos ver com mais clareza como os EUA perdem a hegemonia a partir da década de 80, com a chegada da China. Note também como o número de medalhas de ouro cai mais do que proprocionalmente. Antes, os EUA tinham maior efetividade, ficando em primeiro lugar mais vezes. Isso já não vem mais acontecendo nas duas últimas Olimpíadas, pois a China vem sendo mais efetiva. Mais uma vez, as Olimpíadas refletem a economia: para quem esperava um mundo com uma única super-potência depois da queda da URSS, foi surpreendido por uma economia muito mais polifacética, com o surgimento de outros centros de poder econômico e político.
E o Brasil? Qual tem sido o desempenho dos atletas brasileiros em olimpíadas? Vejamos:
De fato, estamos a anos-luz do desempenho de uma China, ou mesmo de países do bloco intermediário, como Itália, França ou Hungria. Mas, olhando o copo meio cheio, temos melhorado de maneira mais ou menos consistente desde a década de 80, principalmente quando se observam o total de medalhas. Obviamente, para se conseguir resultados melhores, é preciso muito mais investimento. Mas o enriquecimento do país, por si, já traz algum resultado. Podemos ver isso comparando-se o nosso desempenho com o da Argentina, por exemplo:
Note como a Argentina anterior à 2a Guerra obteve muito mais sucesso do que a Argentina pós-Guerra. E, ao contrário, como o Brasil pré-Guerra é praticamente inexistente em termos olímpicos, para depois proguedir, principalmente a partir da década de 80. Outro retrato fiel da economia. A Argentina chegou a ser uma das 10 nações mais ricas do mundo, mas foi perdendo competitividade na medida em que tomou decisões erradas de política econômica, preferindo o populismo a políticas sólidas. Hoje é uma sombra do que foi.
Por fim, vamos analisar o fator “casa” no desempenho dos países. Já vimos mais acima que, nos casos do Japão e da Alemanha, o fator “casa” foi relevante. Vejamos mais três casos: México (1968), Espanha (1992) e Coréia do Sul (1988):


Vejamos primeiramente o caso do México. O país sempre foi uma nulidade em termos olímpicos. Houve claramente um ponto fora da curva em 1968, com as Olimpíadas em casa, e depois voltou a ser uma nulidade. Ou seja, sediar os Jogos não serviu para dar impulso ao esporte olímpico naquele país.
O caso da Espanha não foi muito diferente, ainda que o patamar posterior seja superior ao anterior às Olimpíadas naquele país. Mas este patamar posterior pode ter sido função apenas do enriquecimento do país, principalmente depois da constituição da União Européia, e não fruto de investimentos específicos no esporte. Por que digo isso? Vejamos o caso da Coréia do Sul.
A Coréia sediou os jogos de 1988. Mas note que houve um crescimento expressivo no número de medalhas já em 1984. Ou seja, aparentemente, houve um investimento bastante significativo em esporte já como preparação ao evento, o que se traduziu em um maior número de medalhas nos Jogos anteriores. Seguindo a regra, o ano da Olimpíada em casa foi um ponto fora da curva, mas o recuo posterior foi muito menos pronunciado do que nos casos de México e Espanha. Hoje a Coréia transita na faixa dos 4%-5% das medalhas, mesmo patamar das grandes potências européias. Uma parte disso vem, certamente, do enriquecimento do país, mas deve haver também políticas direcionadas ao esporte. Note que o patamar anterior aos Jogos de 1984 são semelhantes aos do Brasil na mesma época. Hoje a Coréia é uma potência do esporte, pois usou as Olimpíadas em casa como um motor para mudar de patamar.
Pelo que vimos até aqui, é certo que bateremos recorde de medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. E nos ufanaremos pelo feito. No entanto, 0 que estamos fazendo para que este efeito tenha caráter permanente?

Fonte: http://www.drmoney.com.br/economia/jogos-olimpicos-economia-e-politica/

domingo, 24 de julho de 2016

Reino Unido decide deixar a União Europeia em referendo

Opção por deixar o bloco europeu venceu por mais de 1,2 milhão de votos.
Decisão histórica pode mudar a geopolítica mundial nas próximas décadas
Em decisão histórica, que tem potencial para mudar o rumo da geopolítica mundial pelas próximas décadas, os britânicos decidiram em referendo deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, em resultado divulgado por volta das 3h desta sexta-feira (24).
A apuração foi divulgada por áreas de votação e a disputa, bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência.
A vitória da "Brexit" derrubou as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo de o resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e chegou a atingir o menor valor frente ao dólar em 31 anos. No Japão, a Bolsa de Tóquio desabou quase 8%.
O referendo derrubou também o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê, que deve deixar o cargo em outubro. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".
Oficialmente, o referendo não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.
O presidente do Banco Central da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que levará algum tempo para que o Reino Unido estabeleça novas relações com a Europa e o resto do mundo. Disse também que uma volatilidade econômica "deve ser esperada", mas não vai hesitar em tomar medidas adicionais para levar a economia adiante.

Em decisão histórica, que tem potencial para mudar o rumo da geopolítica mundial pelas próximas décadas, os britânicos decidiram em referendo deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença, em resultado divulgado por volta das 3h desta sexta-feira (24).
A apuração foi divulgada por áreas de votação e a disputa, bastante acirrada. O "sair" começou à frente e chegou a ser ultrapassado pelo desejo de continuar na UE, mas logo retomou a liderança e foi abrindo vantagem até vencer com quase 51,9% dos votos. Foram 17.410.742 votos a favor da saída e 16.141.242 votos pela permanência.
A vitória da "Brexit" derrubou as Bolsas na Ásia e os mercados futuros da Europa e dos Estados Unidos antes mesmo de o resultado oficial ser divulgado. A libra esterlina, moeda do Reino Unido, despencou e chegou a atingir o menor valor frente ao dólar em 31 anos. No Japão, a Bolsa de Tóquio desabou quase 8%.
O referendo derrubou também o primeiro-ministro britânico, David Cameron. "Os britânicos votaram pela saída e sua vontade deve ser respeitada", afirmou o premiê, que deve deixar o cargo em outubro. Ele ponderou que o país precisa de uma nova liderança para levar a decisão adiante. "A negociação deve começar com um novo primeiro-ministro".
Oficialmente, o referendo não é "vinculante", ou seja, ele não torna obrigatória a decisão de sair do bloco europeu. Mas o futuro primeiro-ministro britânico dificilmente será capaz de contrariar a decisão da população. Parlamentares também podem bloquear a saída do Reino Unido, mas analistas consideram que isso seria suicídio político.
O presidente do Banco Central da Inglaterra, Mark Carney, afirmou que levará algum tempo para que o Reino Unido estabeleça novas relações com a Europa e o resto do mundo. Disse também que uma volatilidade econômica "deve ser esperada", mas não vai hesitar em tomar medidas adicionais para levar a economia adiante.
Votação apertada
Um recorde de 46,5 milhões de eleitores foram convocados às urnas para responder à pergunta: "Deve o Reino Unido permanecer como membro da União Europeia ou sair da União Europeia?" (em tradução livre).
As casas de apostas britânicas, que na quinta apostavam na vitória do "permanecer", mudaram sua tendência na madrugada desta sexta e passaram a prever a vitória da "Brexit" após a divulgação dos primeiros resultados. "Brexit" é a abreviação das palavras em inglês "Britain" (Grã-Bretanha) e "exit" (saída) para designar a saída do Reino Unido do bloco europeu.
Após o fechamento das urnas, às 18h de quinta-feira (23) em Brasília, as casas de apostas de Londres apontavam 90% para a vitória da permanência do Reino Unido na União Europeia. Algumas horas depois, com a divulgação dos primeiros resultados, a tendência inverteu e passou a ser 60% a favor da saída do bloco europeu.
Efeito dominó
A União Europeia é uma união econômica e política criada após a 2ª Guerra Mundial. O bloco funciona como um mercado único, com livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. Formado por Inglaterra, Escócia, Irlanda do Norte e País de Gales, o Reino Unido começou a fazer parte da União Europeia em janeiro de 1973.
O Reino Unido, no entanto, não faz parte da zona do euro – formada pelos países que têm o euro como moeda oficial. Dentre os 28 países do bloco europeu, 19 compartilham a moeda única. Os britânicos continuam usando a libra esterlina.
Até hoje, nunca um país membro havia deixado a união política e econômica dos países que formam a União Europeia. Em 1975, houve um referendo muito parecido com o de agora no Reino Unido, mas venceu a permanência no bloco com larga vantagem: 67% dos votos.
Há forte preocupação de que o voto pela saída tenha o efeito dominó, com outros países organizando consultas similares. Marine Le Pen, da extrema-direita francesa, afirmou que seu desejo é que cada país faça uma votação popular sobre a pertinência da União Europeia.
"Como peço há anos, agora é necessário o mesmo referendo na França e nos países da União Europeia", afirmou a líder da Frente Nacional na França pelo Twitter. Na Holanda, o chefe do Partido da Liberdade e membro do Parlamento, Geert Wilders, escreveu: "Agora é a nossa vez! Hora de um referendo holandês! #ByeByeEU".
Reino desunido
O referendo dividiu não só a União Europeia, mas o próprio Reino Unido. Apesar da vitória do "sair", votaram pela permanência a Escócia (62%), a Irlanda do Norte (55,8%) e a região de Londres (59,9%). Todas as outras regiões da Inglaterra e o País de Gales votaram por "sair", com percentuais que variaram de 52,5% (País de Gales) a 59,3% (West Midlands).
Na Escócia, o "permanecer" venceu em todos os distritos. A chefe de governo escocês, Nicola Sturgeon, disse que o país "vê seu futuro" como parte do bloco europeu. "A votação aqui mostra claramente que os escoceses vêem seu futuro como parte da UE", declarou a dirigente do Partido Nacional Escocês (SNP).
O chefe do movimento Sinn Fein, da Irlanda do Norte, afirmou que vai pedir um referendo sobre a união do país com a Irlanda – que fica na mesma ilha da Irlanda do Norte, mas é um outro país e não faz parte do Reino Unido. “O resultado desta noite muda dramaticamente o cenário político aqui no norte da Irlanda e nós vamos intensificar nosso caso para chamar por um referendo”, disse Declan Kearney, em comunicado.
David Cameron
Cameron é o responsável pela convocação do referendo, mas havia se posicionado a favor da permanência e alertado sobre o risco do Reino Unido deixar a UE. O primeiro-ministro chegou a afirmar que continuaria à frente do governo independentemente do resultado do referendo, mas renunciou pouco depois da divulgação oficial do resultado.
Em entrevista publicada pelo jornal "The Times" no sábado (18), Cameron disse que se sentia "responsável" pela consulta, por ter prometido convocar o referendo caso ganhasse com maioria as eleições gerais de 2015, mas também era a pessoa mais adequada para liderar as negociações necessárias graças a suas "sólidas relações" na Europa.
Líder do Partido pela Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage comemorou vitória no Twitter: "Temos nosso país de volta. Obrigado a todos vocês". Pouco depois, defendeu a formação de um novo governo. "Agora precisamos de um governo Brexit", disse Farage à imprensa em frente ao Parlamento.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, afirmou em entrevista à CNN que constitucionalmente o próximo premiê não precisa ser eleito em novas eleições. "Um novo líder do Partido Conservador pode assumir, mas eu suspeito que haverá uma pressão para eleições gerais de uma nova liderança", afirmou.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/06/reino-unido-decide-deixar-uniao-europeia-em-referendo.html

domingo, 26 de junho de 2016

ARQUIPÉLAGO DA REGIÃO DOS LAGOS


1 - ARRAIAL DO CABO:
·        Ilha de Cabo Frio ou Ilha do Farol ( Controlada pela Marinha do Brasil, é a maior ilha deste arquipélago, nela encontra-se o Farol de Sinalização, registrado na Carta Náutica).
·        Ilha do Frances ( Localizada próximo a Praia Grande), nela encontra-se um sinaleiro, movido por energia solar, para orientar as pequenas embarcações
·       Ilha do Pontal: Localizada no final da Praia das Dunas, próximo a Vila da Extinta  Cia, Nacional da Álcalis.
·       Ilha dos Porcos:  Localizada em frente a Praia do Forno.
2 – CABO FRIO:
·        Ilha do Papagaio  : localizada em frente a Praia Fofa.
·        Ilha do Japonez: Localizada no meio do Canal do Itajuru
·        Ilha Dois Irmãos pequenas ilhas ,em frente a Praia das Conchas.
·        Ilha CompridaTambém conhecida, por Ilha dos Cabritos, pois nela habitam 37 animais, divididos em dois grupos. Localiza-se em frente a Praia do Peró.
·        Ilha Redonda Fica atrás da  Comprida, difícil  vê-la do continente.
·        Ilha dos Capões; Localizada também frente a praia do Peró.
·        Ilha dos Pargos Localizada também em frente a Praia do Peró.
·        Ilha do Breu:  Também localizada em frente a Praia do Peró
3 – BUZIOS
·        Ilha Emerência . Localizada próximo a Praia de Geribá.
·        Ilha Gravatá.  Localizada em frente a Praia do Ferradura
·        Ilha de Ancora. A Mais distante do continente
·        Ilha Feia: Localiza em frente a Praia das TARTARUGAS
·        Ilha da Rasa: Localiza em frente a Praia da Rasa
·        Ilha Branca ; Localizada em frente a Praia de João Fernandes

Professora; Laillah Patricio Vieira



QUESTÕES - 8 ANO : PADRE JOSÉ DILSON DÓREA

QUESTÕES : AMÉRICA LATINA 1. SOBRE A REGIONALIZAÇÃO DO CONTINENTE AMERICANO , RESPONDA: A. QUE CRITÉRIOS PODEMOS UTILIZAR PARA REGION...