VELHA ORDEM MUNDIAL
A ordem mundial é a ordem internacional entre países e
grupos de países, o equilíbrio e disputa entre as potências, e,
consequentemente, a situação social e economia do mundo em um determinado
período histórico. Atualmente, presencia-se o fortalecimento da Globalização,
que tomou lugar da antiga ordem bipolar iniciada a partir do fim da Segunda
Guerra Mundial, em 1945.
Essa antiga ordem se caracterizou pela Guerra Fria, a
oposição entre EUA e URSS e a consequente bipolaridade mundial, em que as duas
potências disputavam o espaço mundial e o dividiam em 2 blocos antagônicos,
regidos por sistemas socioeconômicos também opostos (Capitalismo X Socialismo)
Ao final da Guerra, divisão dos países em 3 mundos:
1° mundo > Capitalistas desenvolvidos > potência
líder: EUA
2° mundo> Socialistas > potência líder: URSS (União
Soviética)
3° mundo > Países subdesenvolvidos
No início do século, o mundo se encontrava multipolar, com o
poder mundial dividido entre as várias potências europeias, principalmente.
Essa rivalidade, evidenciada no Imperialismo na Ásia e na África, cumulou na
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e, mais tarde, na Segunda Guerra Mundial.
Após 1945, porém, as potências europeias ficaram arrasadas pela guerra. Foi
quando surgiram como potências mundiais os EUA e a União Soviética, que, em
1917, havia se tornado socialista através de uma revolução.
Como o 2° mundo era apenas disputado pelos blocos
dominantes, como áreas de influência, o mundo se dividiu em 2 polos, e o poder,
entre EUA e URSS.
O Muro de Berlim foi o símbolo da Guerra Fria. Em 1945, a
Alemanha foi dividida entre os países vencedores da Segunda Guerra Mundial, mas
só foi efetivamente controlada pelos Estados Unidos e pela União Soviética.
Construído em 1961 para conter o fluxo de pessoas da parte capitalista para a
parte socialista, o muro simbolizou o antagonismo entre as potências tanto em
Berlim quanto no restante do mundo.
A Nova Ordem Mundial
É um conceito político e econômico que se refere ao contexto
histórico do mundo pós-Guerra Fria. Estabeleceu-se no fim da década de 80, com
a queda do muro de Berlim (1989), no quadro das transformações ocorridas no
Leste Europeu com a desintegração do bloco soviético.
O termo Nova Ordem Mundial é aplicado de forma abrangente.
Em um contexto atual, pode se referir também à importância das novas
tecnologias em um mundo progressivamente globalizado e às novas formas de
controle tecnológico sobre as pessoas.
A Nova Ordem Mundial busca garantir o desenvolvimento do
capitalismo e estrutura-se a partir de uma hierarquização de países, de acordo
com seu nível de desenvolvimento e de especialização econômica. Veja algumas
das principais características.
Distribuição do poder internacional
Em termos militares, a bipolaridade (fato de haver dois
polos de força, que eram Estados Unidos e URSS) foi substituída pela chamada
pax imperial americana, que significa que não existe país no mundo capaz de se
contrapor ao poderio militar americano. A supremacia militar incontestável dos
Estados Unidos é exercida de forma intensa em todas as partes do mundo onde
seus interesses econômicos ou geopolíticos se fazem presentes.
Em termos econômicos e tecnológicos temos a multipolaridade,
com pelo menos três grandes blocos: o primeiro, organizado em torno dos EUA; o
segundo, em torno da Europa (União Europeia) e um terceiro, o bloco asiático,
onde se destacam o Japão, a China, a Índia e até mesmo a Rússia.
Urbanização mundial
A intensa urbanização mundial é um fenômeno típico de países
não desenvolvidos e resultante de sua industrialização e modernização recente.
No ano 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou que a população
urbana mundial superou a população rural.
A urbanização é acelerada e irreversível em especial nos
países em desenvolvimento. É geralmente caótica, o que agrava os problemas
ambientais e concentra a pobreza, potencializando seus aspectos negativos.
Nova divisão do trabalho
Ao contrário do que ocorria até pouco tempo, a nova divisão
internacional do trabalho (DIT) não separa apenas países exportadores de
manufaturados de países exportadores de matéria-prima.
Luiz Carlos Parejo