quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Doença do sono (tripanossomíase africana)



A tripanossomíase africana, também conhecida como doença do sono, é uma doença parasitária. Os parasitas são transmitidos para humanos através da mordida de uma mosca tsé-tsé que tenha adquirido a infecção de humanos ou animais que sejam portadores dos parasitas. As moscas tsé-tsé são encontradas somente na África subsaariana, mas apenas certas espécies transmitem a doença.

Quais são os principais sintomas?

Sem tratamento, a doença do sono é considerada fatal.

No primeiro estágio (a fase hemolinfática), os parasitas se multiplicam nos tecidos subcutâneos, no sangue e na linfa.

Febre
Dores de cabeça
Dores nas articulações
Coceira
No segundo estágio (a fase neurológica), os parasitas cruzam a barreira sangue-cérebro para infectar o sistema nervoso central.

Perturbação no ciclo de sono
Mudanças de comportamento
Confusão
Distúrbios sensoriais
Falta de coordenação
O diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível a fim de se evitar procedimentos complicados, difíceis e arriscados.

O que causa a tripanossomíase africana (doença do sono)?

A doença é transmitida principalmente através da picada de uma mosca tsé-tsé infectada, mas existem outras formas de infecção da doença do sono.

Infecção de mãe para filho: o tripanossomo pode atravessar a placenta e infectar o feto.
A transmissão mecânica através de outros insetos que se alimentam de sangue é possível.
Infecções acidentais já ocorreram em laboratórios devido a picadas com agulhas contaminadas.
A doença do sono tem duas formas, dependendo do parasita envolvido:

Trypanosoma brucei gambiense (T.b.g.): encontrado na África ocidental e central. Esta forma atualmente corresponde a mais de 95% dos casos registrados de doença do sono e causa uma infecção crônica. A pessoa pode ficar infectada por meses ou mesmo anos sem apresentar sinais ou sintomas significativos da doença. Quando os sintomas emergem, o paciente muitas vezes já está em um estágio avançado da doença em que o sistema nervoso já foi afetado.
Trypanosoma brucei rhodesiense (T.b.r.): encontrado na África oriental e meridional. Hoje em dia, esta forma representa menos de 5% dos casos registrados e causa uma infecção aguda. Os primeiros sinais e sintomas são observados alguns meses ou semanas após a infecção. A doença se desenvolve rapidamente e invade o sistema nervoso central.
Como se pode tratar a doença do sono?

O tipo de tratamento depende do estágio da doença. Os medicamentos usados no primeiro estágio da doença têm menor toxicidade e são mais fáceis de se administrar. Quanto antes a doença for identificada, melhor será a perspectiva de cura.

O sucesso no tratamento no segundo estágio depende de a droga atravessar a barreira sangue-cérebro para atingir o parasita. Tais drogas são tóxicas e complicadas de se administrar. Existem quatro drogas registradas para tratamento da doença do sono, e elas são distribuídas gratuitamente em países endêmicos.

Tratamento para o primeiro estágio:

Pentamidina: usado para tratamento no primeiro estágio da doença do sono causada por T.b. gambiense. Apesar dos efeitos indesejáveis, que não são insignificantes, a droga é geralmente bem tolerada pelos pacientes.
Suramina: usada para tratamento do primeiro estágio da doença do sono causada por T.b. rhodesiense. Provoca certos efeitos indesejáveis no trato urinário e reações alérgicas.
Tratamento para o segundo estágio:

Melarsoprol: usada em ambas as formas da infecção. É derivado do arsênico e possui muitos efeitos colaterais, sendo que o mais dramático é a encefalopatia reativa (síndrome encefalopática), podendo ser fatal (3% a 10% dos casos). Um aumento na resistência à droga foi observado em diversos focos, particularmente na África Central.
Eflornitina: menos tóxica que o melarsoprol, mas eficaz somente contra o T.b. gambiense. A administração é rígida e de difícil aplicação.
Um tratamento combinado de nifurtimox e eflornitina foi introduzido recentemente (2009). Ele simplifica o uso da eflornitina em monoterapias, mas infelizmente não é eficaz contra o T.b. rhodesiense.

(Fonte: OMS)

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