segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

A GEOGRAFIA ECONÔMICA DIANTE DA CRISE AMBIENTAL


A geografia econômica tem como objetivo desenvolver um debate sobre a evolução da economia mundial, a importância da mão-de-obra, dos recursos naturais e energéticos no desenvolvimento econômico das sociedades. São desenvolvidos alguns debates sobre os efeitos e implicações das transformações tecnológicas na cultura da mídia, na vida urbana, na política global e na natureza do tempo.
Muito tem sido debatida sobre o problema crise ambiental, na maioria dos casos se culpa as industrias, fazendo claro o imenso grau de desenvolvimento tecnológico da sociedade antes que a sua estrutura de relações sociais. Para isso existe um argumento de peso: nos ex-países socialistas o grau de degradação da natureza foi igual ou maior que nos países capitalistas.  O que é uma crise ambiental? Para qualquer espécie viva no meio ambiente é a inter-relação com o meio abiótico e com outras espécies vivas. Entre esses três grupos, espécie, meio abiótico e outras espécies, estabelecem-se uma inter-relação de dependência dinâmica. Qualquer espécie extrai recursos naturais e gera dejetos. Quando a extração de recursos ou a geração de dejetos é maior do que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los, estamos frente à degradação e/ou poluição, as duas manifestações de uma crise ambiental. Por outro lado, qualquer ecossistema tem uma certa capacidade de carga de espécie. Isto é, ele pode cresce de mais, rompendo o equilíbrio dinâmico do sistema, assim produzindo uma crise ambiental. A crise ambiental não surgiu de uma hora para outra, na verdade ela surgiu há alguns séculos atrás. A crise ambiental é o conjunto de ações danosas que o homem vem causando ao longo de sua existência. Para SIRVINSKAS (2005, p. 23) “a crise ambiental surge entre a Idade Média e Moderna, especialmente no período da Revolução Industrial, pois começaram as agressões à natureza [...]”. Se analisarmos bem, verificaremos que é após a Revolução Industrial que se começou a utilização exagerada dos recursos naturais do meio ambiente, tudo em nome do capital, ou melhor, do lucro, do desenvolvimento.
As questões relacionadas à preservação da natureza começaram a ser discutida efetivamente a partir da década de 70. Assim, dois anos mais tarde (1972) aconteceu na capital da Suécia, Estocolmo, a Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente. Nela emergiram as contradições ligadas ao desenvolvimento e ao meio ambiente. Neste mesmo ano, um grupo de empresários solicitou junto ao renomado Massachusetts Institute of Technology (EUA), um estudo sobre as condições da natureza, o qual foi chamado de “desenvolvimento zero”. O estudo constatou que havia uma série de impactos ambientais de âmbito internacional, provocados pelo modelo de desenvolvimento capitalista instituído. Nele foi proposta a estagnação total do crescimento econômico como forma de impedir tragédias ambientais de grandes proporções no mundo. Solução que não agradava os países subdesenvolvidos que almejavam obter desenvolvimento a fim de garantir melhor qualidade de vida às suas populações.
Em virtude desse impasse, a conferência ficou marcada pela disputa do “desenvolvimento zero”, defendido pelos países desenvolvidos; e o “desenvolvimento a qualquer custo defendido pelas nações subdesenvolvidas. Na conferência de Estocolmo foram abordados temas como a chuva ácida e o controle da poluição do ar. As discussões contaram com a presença de 113 países e mais 400 instituições governamentais e não governamentais. ·”.  Essa conferência muito importante, pois pela primeira vez o mundo se direcionou para o volume da população absoluta global, a poluição atmosférica e a intensa exploração dos recursos naturais.
 Na década de 80 surge o conceito desenvolvimento sustentável durante a comissão de Brundtland, onde foi elaborado o relatório Our Commom Future, quando a primeira ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland, apresentou a seguinte definição para o conceito: “É a forma com as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”.

E em 1992 ocorre a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), mais conhecida pelos nomes ECO-92, Rio 92, Cúpula ou Cimeira da terra, foi realizada do dia 3 ao dia 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, seu objetivo principal já em 1992 era buscar meios de conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da terra; foi de grande importância para a consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável e para a conscientização a respeito das agressões ao meio ambiente há muito realizadas, bem como para reconhecimento de que os maiores causadores dos danos ao meio ambiente eram e são os países desenvolvidos. O principal documento assinado na ECO-92 foi a agenda 21, no qual consiste em um conjunto de ações e políticas a serem implantadas por todos os paises participantes.


domingo, 19 de janeiro de 2014

Análise da RPPN – Fazenda Bom Retiro/ Aldeia Velha

Introdução


No dia 19 de novembro de 2011 foi realizado um trabalho de campo, com finalidades de conhecer a RPPN da Fazenda Bom Retiro em Aldeia Velha no limite dos Municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu (RJ), onde a área visitada possui quase 500 hectares de Floresta Atlântica, sendo a pioneira no Estado na década de 90.
Durante muito tempo a imensa área de floresta primitiva despertava um grande interesse econômico devido ao grande potencial para a produção de recursos madeireiros, se tornando uma serraria e consequentemente a área veio a ser degradada e se tornando pasto, utilizada também para o cultivo do café e da banana.
Além de um alto grau de recursos para a exploração de madeira e implantação das monoculturas a fazenda possuía um alto nível de endemismo, onde havia uma grande chance se serem encontradas espécies novas de vegetais e animais em torno da região.
Após um grande período de exploração, em 1993 foi assinado o Termo de compromisso com a ONG Fundação Pró-Natureza – FUNATURA para conceder à RPPN Fazenda Bom Retiro o Título de Santuário da Vida Silvestre. Atualmente a Fazendo tem como Proprietário o senhor Luiz Nelson juntamente com sua esposa Aline.



O que é uma RPPN?




De acordo com o artigo 21 da Lei nº. 9.985, de 18 de julho de 2000, que criou o SNUC, consta que as Reservas Particulares do Patrimônio Natural são uma áreas privadas, gravadas com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

As Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPNs são estabelecidas por atos voluntários, não havendo perda dos direitos de propriedades, sendo que sua gestão deve ser incluída para o manejo ações voltada para a proteção ambiental. São atribuídos alguns critérios para sua criação que são de fundamental importância: Contribuem para uma rápida ampliação das áreas protegidas no país, sem ônus para o Poder Público; Possibilitam a participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação; São aliadas na proteção do entorno de UCs públicas; Apresentam índices positivos na relação custo/benefício para a sociedade e o Poder Público; Desoneram o Poder Público de altos custos com indenizações fundiárias e gestão; Contribuem para a proteção dos biomas brasileiros; Prestam serviços ambientais como: provisão de água, equilíbrio climático e conservação de paisagens; Protegem espécies endêmicas (cuja ocorrência é restrita a determinada região); São importantes ferramentas na formação de Corredores Ecológicos. A área deve possui valores para a proteção ambiental, importante aspectos paisagísticos e características ambientais que justifiquem ações de recuperação capazes de promover a conservação de ecossistemas frágeis ou ameaçados.
Os objetivos da RPPN é conservar a diversidade biológica e dentro da área de preservação são permitidas atividades como: o ecoturismo, a pesquisa cientifica e a educação ambiental.




Análise da área visitada

Caixa de texto: Rio Aldeia VelhaUma das primeiras impressões que nos causa ao adentrar ao local é a sustentabilidade, onde nos deparamos com o “verde”, o Desenvolvimento Sustentável se apresenta em dois fundamentos principais: a manutenção da reprodução do capitalismo, da qual se insere a Fazenda e a consolidação global da natureza enquanto recurso e a manutenção da pressão Centro/Periferia através da gestão dos recursos naturais dos “países dependentes”. Embora a Fazenda Bom Retiro atualmente esteja conforme manda a leis de conservação ambiental ainda assim possui fins lucrativos, ou seja, mantém uma ordem voltada para o capital, porém suas atividades (lucrativas) são em sua maioria voltadas para a manutenção do local, ou seja, o nosso “velho e famoso” sistema capitalista consegue se inserir em qualquer situação, mesmo que muitas das vezes tentamos resistir a ele.
Em um depoimento do proprietário da Fazenda nos foi revelado a ação de uma fazenda vizinha, onde se implantou uma RPPN por interesses econômicos, nos fazendo valer que a denominação Desenvolvimento Sustentável se tornou uma roupagem do capitalismo com um potente discurso de “Proteção Ambiental”, onde se faz enxergar todas as soluções para os diversos problemas do mundo, assim amenizando todo o discurso agressor para o domínio do homem com a natureza. Enquanto esse impacto é principalmente nas classes dominadas, esse mito do desenvolvimento sustentável se organiza como um mecanismo de dominação, escondendo as lutas de classes, incluindo uma roupagem que ditam as verdades absolutas para solucionar os problemas universais. Assim atingindo o grande objetivo dessa ideologia se tornando indubitavelmente um senso comum. (OLIVEIRA, 2007).
Em outros depoimentos do proprietário, presenciamos a angustia de um trabalho desenvolvido através de brigas e ameaças de proprietários de grandes terras, logo está mais do que provado que a força do capital é imbatível e que a sociedade é sempre a mais prejudicada, independente das ações privadas que possam e existir.
A geografia tem como objetivo apresentar as interações entre a sociedade e a natureza, ou seja, o grande leque das temáticas está relacionado às questões ambientais, assim pode-se dizer que quase todo estudo em relação ao meio ambiente podem ser abordados pelo olhar da geografia. No entanto conseguimos detectar alguns fatores que nos levam a criticar, porém foi possível visualizar verdadeiras áreas de preservação ambiental e a utilização de técnicas rudimentares para parte artística do local.

A caminhada

Durante a caminha visualizamos alguns vestígios da monocultura implantada no passado, como a banana e pequenos vestígios de pastos, quem vem a desaparecer durante vinte e dois anos de um processo de regeneração da natureza. 

A caminhada é guiada pelo proprietário, onde é contada história de regeneração espontânea da Mata. 

Desenvolvimento do ecoturismo

De acordo com o analisado, a proposta desse estilo de turismo é apresentar ao visitando o modo de vida simples em sintonia com a natureza que de certa form

a possa conscientizar o público sua conservação, como atrativo possui suas belezas e atrativos naturais dos ecossistemas da Região.









Aldeia Velha

Aldeia Velha é conhecida por ser um lugar de cachoeiras,  aconchegante cercado de Mata Atlântica que abriga o raro mico-leão-dourado, onde se encontra o maior número de RPPN’s.
Aparentemente Aldeia Velha é considerada um lugar lindo e pacato, local ideal para está perto da natureza, mas em sua entrada é visível as ações de transformações da paisagem natural, onde o que se vê são áreas imensas de florestas transformadas em pastos e os rios totalmente retificados para atender aos proprietários das terras.
Durante o caminho percebemos o um alto índice de desmatamento, percebemos os processos de assoreamento dos rios e o cultivo da monocultura, além de sítios adotando a RPPN por questões lucrativas.
No entanto creio que possamos relacionar a Teoria do risco integral, pois de certa forma há uma aceitação da população local, devido a demanda  de serviços e produtos com elevado potencial, pois não há cabimento avançar a mata ferozmente para a implementação de pastos e lavouras ou até mesmo a mudança de curso dos rios  para atender as necessidades lucrativas. É natural de certa forma a sociedade demandar sempre soluções que viabilizem sua subsistência, de fato o Desenvolvimento Sustentável venha cada vez mais sendo desmitificado pela própria sociedade, mesmo que ainda há existências de RPPN’s no local com mais intensidade, ainda assim se faz pouco diante de um bioma que abriga o mais alto nível de biodiversidade e que atualmente só lhe resta 7% , sendo que podem  se considerar que estão em risco.
Logo pode-se dizer que há existência de atos vinculados no local, pois de acordo com o depoimento do proprietário da Fazenda Bom Retiro, grandes nomes dos órgãos ambientais licenciava o processo de retificação dos rios e desmatamento de áreas irregulares, onde mais uma vez percebemos a força do capital permanecendo sobre a sociedade.
Sendo assim o tema sustentabilidade vem sendo adotado de forma intensa usada como estratégia de marketing, ou seja, a natureza passou a ser uma mercadoria.
  
Considerações Finais

O objetivo desse trabalho foi realizar os critérios de organização de uma RPPN, onde se percebe atos inadequados por conta do Distrito de Aldeia Velha, no que se refere a respeito ambiental identificamos vestígios. Através de depoimentos podemos perceber o medo e anseio a lhe dá com autoridades em busca de soluções ambientais. Apesar de várias leis que buscam ressaltar a importância da preservação ambiental seja de qualquer lugar, não são respeitadas, isso acontece por puro interesse econômico e financeiro, muitas pessoas ignoram a natureza e o seu poder, mesmo presenciando vários relatos que revelam a capacidade do meio ambiente ainda se é feito a vista grossa.
















QUESTÕES - 8 ANO : PADRE JOSÉ DILSON DÓREA

QUESTÕES : AMÉRICA LATINA 1. SOBRE A REGIONALIZAÇÃO DO CONTINENTE AMERICANO , RESPONDA: A. QUE CRITÉRIOS PODEMOS UTILIZAR PARA REGION...