A geografia econômica tem como objetivo desenvolver um debate sobre a evolução da economia mundial, a importância da mão-de-obra, dos recursos naturais e energéticos no desenvolvimento econômico das sociedades. São desenvolvidos alguns debates sobre os efeitos e implicações das transformações tecnológicas na cultura da mídia, na vida urbana, na política global e na natureza do tempo.
Muito
tem sido debatida sobre o problema crise ambiental, na maioria dos casos se
culpa as industrias, fazendo claro o imenso grau de desenvolvimento tecnológico
da sociedade antes que a sua estrutura de relações sociais. Para isso existe um
argumento de peso: nos ex-países socialistas o grau de degradação da natureza
foi igual ou maior que nos países capitalistas.
O que é uma crise ambiental? Para qualquer espécie viva no meio ambiente
é a inter-relação com o meio abiótico e com outras espécies vivas. Entre esses
três grupos, espécie, meio abiótico e outras espécies, estabelecem-se uma
inter-relação de dependência dinâmica. Qualquer espécie extrai recursos
naturais e gera dejetos. Quando a extração de recursos ou a geração de dejetos
é maior do que a capacidade do ecossistema de reproduzi-los ou reciclá-los,
estamos frente à degradação e/ou poluição, as duas manifestações de uma crise
ambiental. Por outro lado, qualquer ecossistema tem uma certa capacidade de
carga de espécie. Isto é, ele pode cresce de mais, rompendo o equilíbrio
dinâmico do sistema, assim produzindo uma crise ambiental. A crise ambiental não surgiu de uma hora para outra, na
verdade ela surgiu há alguns séculos atrás. A crise ambiental é o conjunto de
ações danosas que o homem vem causando ao longo de sua existência. Para
SIRVINSKAS (2005, p. 23) “a crise ambiental surge entre a Idade Média e
Moderna, especialmente no período da Revolução Industrial, pois começaram as
agressões à natureza [...]”. Se analisarmos bem, verificaremos que é após a
Revolução Industrial que se começou a utilização exagerada dos recursos naturais
do meio ambiente, tudo em nome do capital, ou melhor, do lucro, do
desenvolvimento.
Em virtude desse impasse, a conferência ficou marcada
pela disputa do “desenvolvimento zero”, defendido pelos países desenvolvidos; e
o “desenvolvimento a qualquer custo defendido pelas nações subdesenvolvidas. Na
conferência de Estocolmo foram abordados temas como a chuva ácida e o controle
da poluição do ar. As discussões contaram com a presença de 113 países e mais
400 instituições governamentais e não governamentais. ·”. Essa conferência muito importante, pois pela
primeira vez o mundo se direcionou para o volume da população absoluta global,
a poluição atmosférica e a intensa exploração dos recursos naturais.
Na década de 80
surge o conceito desenvolvimento sustentável durante a comissão de Brundtland, onde
foi elaborado o relatório Our Commom
Future, quando a primeira ministra norueguesa, Gro Harlem Brundtland,
apresentou a seguinte definição para o conceito: “É a forma com as atuais
gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a
capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”.
E em 1992 ocorre a Conferência das Nações Unidas para
o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), mais conhecida pelos nomes
ECO-92, Rio 92, Cúpula ou Cimeira da terra, foi realizada do dia 3 ao dia 14 de
junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, seu objetivo principal já em 1992
era buscar meios de conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a
conservação e proteção dos ecossistemas da terra; foi de grande importância para
a consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável e para a
conscientização a respeito das agressões ao meio ambiente há muito realizadas,
bem como para reconhecimento de que os maiores causadores dos danos ao meio
ambiente eram e são os países desenvolvidos. O principal documento assinado na
ECO-92 foi a agenda 21, no qual consiste em um conjunto de ações e políticas a
serem implantadas por todos os paises participantes.
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