Durante
a ordem mundial bipolar a questão ambiental era considerada secundária. A
grande preocupação das potencias mundiais (EUA E URSS) era com a oposição entre
o capitalismo e socialismo.
No
cenário da Nova Ordem Mundial, as questões se tornam cada vez mais mundiais e
cada vez menos estritamente locais. Destaca-se, entre essas questões de
interesse global, o meio ambiente e a consciência de que a destruição ambiental
não trás conseqüências, apenas, a um determinado ecossistema de um país ou de
um continente, mas para todos os que moram no que convencionou denominar de
“Aldeia Global”, começaram então surgir inúmeras conferências e encontros de
estudos ambientais. Em 1972 ocorre o marco do movimento ecológico, a
Conferência de Estocolmo (Suécia), a primeira atitude mundial em tentar
organizar as relações entre o homem e a natureza, este evento reuniu apenas os
países centrais (Desenvolvidos), cujos periféricos (subdesenvolvidos) não foram
convidados, mas não se pode deixar de lembrar que mesmo ocorrendo movimentos
ecológicos ainda no período da Guerra-Fria, as maiores preocupações e
movimentos só ocorrem depois que o comunismo foi vencido pelo capitalismo. Em
1987 é lançado o Relatório de Brundtland, nesse processo é assinado o
Desenvolvimento Sustentável, que procura satisfazer as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as
suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no
futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e econômico e
de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos
recursos da terra e preservando as espécies e os habitantes naturais. Em 1992
ocorre a ECO-92, Rio-92, Cimeira da Terra ou Cúpula da Terra, são nomes pelos
quais é mais conhecida a Conferência das Nações Unidas para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada
entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de
Janeiro. O seu objetivo principal era buscar meios de conciliar
o desenvolvimento sócio-econômico com a conservação e proteção
dos ecossistemas da Terra, ocorreu no Brasil devido a
biodiversidade apresentada pelo país, onde a cidade do Rio exibe uma
exuberância ecológica e alguma emergências urbanas (os problemas ambientais),
se tornando um palco dos problemas ambientais. A ECO-92 é consagrada a maior Conferência
de todos os tempos, onde reuniu tanto os países desenvolvidos e
subdesenvolvidos, em especial a presença dos EUA, a elaboração do seguintes documentos
oficiais: a Carta da Terra, três convenções Biodiversidade,
Desertificação e Mudanças climáticas; uma declaração de princípios
sobre florestas;a Declaração do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento;
e a Agenda 21 (base para que cada país elabore seu plano de
preservação do meio ambiente). Em 1997 acontece a Rio+5 em Nova York e 2002 a
Rio+10 na África do Sul, ambas dando continuação a ECO-92 e em 2010 ocorre a
COP-15 na cidade de Copenhague (Dinamarca), buscando discutir o Protocolo de
Kyoto em relação aos EUA, abordando como tema principal o Aquecimento Global.
O
assunto busca revelar a problemática ambiental que sucinta várias controvérsias
e oposições, tais como: “Se os países desenvolvidos depredaram suas matas no
século passado, por que nós não podemos fazer o mesmo agora?”, argumentam.
Alguns chegam até afirmar que essa preocupação com a destruição das florestas
tropicais ou com outras formas de poluição nos países subdesenvolvidos (dos
rios, dos grandes centros urbanos, perda de solos agrícolas por uso inadequado,
avanço da desertificação, etc.) nada mais seria que uma tentativa do Norte de
impedir o desenvolvimento do Sul; a poluição e a destruição das florestas,
nessa interpretação, seriam fatos absolutamente naturais e até necessários para
se combater a pobreza e outros ainda, inclusive países ricos, como o Japão, a
Suécia ou a Noruega - argumentam que é uma incoerência os Estados Unidos
pretenderem liderar a cruzada mundial contra a poluição quando são justamente
eles, os norte-americanos, que mais utilizam os recursos naturais do planeta.
Os países ricos voltam suas atenções para queimadas e os desmatamentos nas
florestas tropicais, particularmente na floresta Amazônica, a maior de todas.
Já os países pobres, e em particular os que têm grandes reservas florestais,
acham natural gastar seus recursos com o objetivo de se desenvolverem.
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