domingo, 30 de março de 2014

1º ano - Cartografia

EXERCÍCIOS – DESAFIO


1. (UFES) Por volta das 9 horas do dia 11de setembro de 2001, o mundo assistiu atônito aos ataques terroristas às torres gêmeas do “World Trade Center”, na cidade de Nova lorque, localizada a 74°de longitude oeste de Greenwich. Tem-se apontado como o autor intelectual dos ataques o saudita Osama Bin Laden, que se encontra escondido no Afeganistão. A diferença horária entre a cidade de Cabul, no Afeganistão, e a cidade de Nova lorque, nos EUA, é de +9h30min. Com base nas informações acima, a longitude da capital afegã é:
a)142°30’ longitude oeste de Greenwich.
b)135°00’ longitude oeste de Nova lorque.
c)216°30’ longitude leste de Nova lorque.
d)83°30’ longitude leste de Greenwich.
e)68°30’ longitude leste de Greenwich.

2. (CEFET) Uma criança nasceu na cidade A às 7 horas do dia 27/06. Seu pai assistiu ao parto instantaneamente via satélite na cidade B no dia 26/06 às 16 horas. Considerando-se os fusos horários teóricos, a indicação correta das longitudes das cidades A e B são, respectivamente:
a) 15º L e 160º O.
b) 35º L e 175º O.
c) 155º L e 10º O.
d) 170º L e 55º O.

3. (PUC-RS) Um viajante saiu da Austrália para o Brasil atravessando a LID (Linha Internacional da Data — 180°). No meridiano 175° Leste, o seu relógio estava marcando 13 horas do dia 21 de setembro. Quando chegar a um lugar a 178° Oeste, legalmente, que horas e dia serão para esse viajante?
a) 13 horas do dia 20 de setembro.
b) 13 horas do dia 21 de setembro.
c) 11 horas do dia 20 de setembro.
d) 12 horas do dia 21 de setembro.
e) 12 horas do dia 20 de setembro.


4. Para um geógrafo foi solicitado um mapeamento de uma trilha ecológica em linha reta de 11 km, que será construída em um parque. Todo o projeto de mapeamento foi impresso em folhas de tamanho A4 (210 x 297 mm).

Dentre as escalas abaixo, qual foi utilizada para que toda a trilha fosse representada na folha?
a) 1 : 1,1
b) 1 : 11
c) 1 : 1.100
d) 1 : 20.000
e) 1 : 40.000


5. “Nove municípios da região Noroeste Paulista […] deverão ter terras desapropriadas para a construção da Ferrovia NorteSul [...].” O projeto prevê a desapropriação de uma faixa de 80 m
de largura ao  longo da ferrovia.

CIDADÃONET. Ferrovia Norte-Sul deve desapropriar terras em nove municípios. Notícias. Fernandópolis, SP. 5 maio 2009. Disponível em: <www.cidadaonet.com.br/?pg=noticias-conteudo&id=4336>.  Acesso em: 15 set. 2011. [Adaptado].
 Ao estimar-se a área, conforme previsto nesse projeto, de  um trecho retilíneo a ser desapropriado, verificou-se que  seu comprimento era de 98 cm em um mapa, na escala de  1:5.000. Essa área, em hectares, corresponde a:
a) 784.000.
b) 392.000.
c) 7.840.
d) 78,4.
e) 39,2.



6. (UFG) Observe a figura:



Ao analisar o terreno representado na figura, um proprietário rural, para estabelecer melhorias na infraestrutura, precisa resolver algumas questões, tais como: calcular a área de
reflorestamento entre os pontos 1, 2, 3 e 4, e colocar uma antena de captação de sinal de televisão na propriedade em um dos pontos A, B ou C. Considerando a escala do croquis e as
curvas de nível, cuja equidistância é de 50 metros, o valor da área de reflorestamento e o ponto indicado para colocar a antena são, respectivamente:
a)25 km2 e B.
b)30 km2 e A.
c)30 km2 e C.
d)36 km2 e B.
e)36 km2 e C.

RESOLUÇÃO 





( participação especial : Renata Domingos - Professora de Matemática)


7. (UFRGS) Um geógrafo precisa representar uma porção da superfície terrestre de 10 km de largura por 20 km de comprimento numa folha de papel de 22 cm por 44 cm.

Qual escala permite representar de forma adequada e legível essa superfície numa folha dessas dimensões?
a) 1:10.000.
b) 1:25.000.
c) 1:50.000.
d) 1:250.000.
e) 1:500.000.

8. (Puc-PR) Sobre um mapa, na escala de 1:500.000, tenciona-se demarcar uma reserva florestal de forma quadrada apresentando 7 cm de lado. A área da reserva medirá no terreno
a) 12,25 km2
b) 1.225 km2
c) 12.250 km2
d) 122,5 km2
e) 12.255 km2

9. (PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das coordenadas geográficas






O ponto antípoda de B é:
a) 3° de latitude Norte e 2° de longitude Oeste.
b) 87° de latitude Sul e 2° de longitude Oeste.
c) 3º de latitude Norte e 178º de longitude Oeste.
d) 2° de latitude Sul e 177° de longitude Leste.
e) 3° de latitude Sul e 4° de longitude Leste.

10. Que hora solar verdadeira e hora legal são correspondentes respectivamente em uma cidade localizada a 48º de longitude Oeste e 30º de latitude Sul, sabendo que, no centro do fuso horário onde se localiza a cidade, os relógios marcam 12h?
a) 12h e 12min – 11h
b) 10h e 48min – 11h
c) 12h – 12h e12min
d) 11h e 48min – 12h

e) 12h – 12h

GABARITO: 1-E  2-D  3-A  4-E  5-E  6-D  7-C  8-B  9-C  10-D


quinta-feira, 27 de março de 2014

MITOS DO SUBDESENVOLVIMENTO


MITOS DO SUBDESENVOLVIMENTO
Marina Evangelista

Resumo: O presente artigo tem a finalidade de discutir algumas idéias a respeito do subdesenvolvimento, através de uma análise crítica referente as informações contidas no livro didático da 7a série do Ensino Fundamental.

Palavras-chaves: Desenvolvimento – Subdesenvolvimento – Mitos – Dominantes – Dominados.

O texto analisado foi o terceiro capítulo do Livro de 7a série do Ensino Fundamental de Melhem Adas, o qual podemos considerar sem sombra de dúvidas como um ótimo livro didático para o contexto histórico em que foi editado, entretanto, ficou claro que algumas informações que são necessárias à educandos dessa série não estão presentes no livro.

O autor faz um levantamento de três idéias equivocadas a respeito do subdesenvolvimento:

 As características do subdesenvolvimento só existem em países subdesenvolvidos;
 Essas características são idênticas em todos os países subdesenvolvidos;
 Um país somente poderá ser desenvolvido se já houver sido anteriormente subdesenvolvido.

Não se trata de descordar de Melhem Adas, quando ele faz esse levantamento, ao contrário, considero que foi muito feliz ao aobordar estes três mitos do subdesenvolvimento, entretanto, no decorrer do capítulo, a forma com que rebateu estes mitos é que deixou um pouco a desejar, pois é preciso bem mais para compreender a dinâmica global em que vivemos hoje.
“...temos de dar a mão a palmatória e reconhecer que o pressuposto básico da divisão territorial do mundo é, no mínimo, dinâmico, o que nos obriga, perante nossos alunos, a explicações maiores que a mera identificação (...) dos Estados nacionais com sua infinita listagem de dados estatísticos”. (LACOSTE, In: Douglas Santos. Pág. 49)
A respeito do primeiro mito, o autor esclarece que as características do subdesenvolvimento também ocorrem em países desenvolvidos, só que de forma bem mais reduzida, isto é, em menor quantidade.
Para o segundo mito, o autor justifica que os países subdesenvolvidos apresentam de forma peculiar as características que os colocam nessa condição, sendo uns mais industriais, outros mais agrários, cada um com problemas mais ou menos acentuados.
O terceiro mito é rebatido por Melhem Adas afirma que os países não precisam ser subdesenvolvidos para se tornarem desenvolvidos por que estas condições se deram ao longo da história dos países a começar pela expansão do capitalismo no mundo, e a implantação das colônias de povoamento e de exploração.
Bom, tomando agora uma postura imparcial dos fatos, podemos observar que em momento algum, Melhem Adas coloca os governos dos países subdesenvolvidos como responsáveis pelas características da condição em que se encontram, a forma como cada um administra as nações não é se quer citada no capítulo.
Entretanto, é considerado que a intenção do autor é apenas rebater idéias falsas a respeito do desenvolvimento, e se a questão da política interna fosse abordada, não seria uma idéia equivocada, é verdade.
Mas, no meu ponto de vista, é possível combater idéias falsas a respeito do subdesenvolvimento ao mesmo tempo em que se apontam as verdadeiras, para contribuir para a formação de cidadãos críticos e conscientes da realidade em que vivem, para que possam ter noção de qual caminho seguir para tentar reverter esse quadro.

Exercício sobre o Brasil, populoso e despovoado


Exercício sobre o Brasil, populoso e despovoado

Teste os seus conhecimentos: Faça exercícios sobre o Brasil, populosos e despovoados e veja a resolução comentada.
Questão 1

O Brasil é o quinto país mais populoso do planeta, no entanto, é considerado um país pouco povoado. Explique essa situação.

Questão 2

Diferencie o conceito de populoso e povoado.

Questão 3

A distribuição populacional no território brasileiro ocorre de forma irregular, sendo algumas regiões com muitos habitantes e outras com população pequena. A região brasileira mais populosa e povoada é:

a) Nordeste.
b) Sudeste.
c) Sul.
d) Norte.
e) Centro-Oeste.

Questão 4

(VUNESP) Embora o Brasil esteja colocado entre os países mais populosos do mundo, quando se relaciona sua população total com a área do país obtém-se um número relativamente baixo. A essa relação da população x área, damos o nome de:

a) Taxa de crescimento.
b) Índice de desenvolvimento.
c) Densidade demográfica.
d) Taxa de natalidade
e) Taxa de fertilidade

Questão 5

(UNIVALE) Sobre a ‘população’ a alternativa verdadeira é:

a) A população relativa é o número total de habitantes de um local.
b) Pode-se chamar uma área ou região de muito povoada quando ela possui uma grande população absoluta.
c) As áreas anecumênicas são aquelas de grande concentração populacional. Geralmente, são áreas urbanas de grande concentração industrial.
d) Densidade demográfica é a divisão da população relativa pela área do local.
e) As áreas onde a população absoluta é grande são chamadas de áreas de grande concentração populacional.

Questão 6

(ENEM) O quadro abaixo nos  mostra a taxa de crescimento natural da população brasileira no século XX:

Período
Taxa anual média de crescimento natural (%)
1920-1940
1,90
1940-1950
2,40
1950-1960
2,99
1960-1970
2,89
1970-1980
2,48
1980-1991
1,93
1991-2000
1,64

Analisando os dados, podemos caracterizar o período entre:

a) 1920 e 1960, como de crescimento do planejamento familiar.
b) 1950 e 1970, como de nítida explosão demográfica.
c) 1960 e 1980, como de crescimento da taxa de fertilidade.
d) 1970 e 1990, como de decréscimo da densidade demográfica.
e) 1980 e 2000, como de estabilização do crescimento demográfico.

Questão 7

Ainda com base na tabela da questão anterior, é correto afirmar que a população brasileira:

a) apresentou crescimento percentual menor nas últimas décadas.
b) apresentou crescimento percentual maior nas últimas décadas.
c) decresceu em valores absolutos nas cinco últimas décadas.
d) apresentou apenas uma pequena queda entre 1950 e 1980.
e) permaneceu praticamente inalterada desde 1950.

Respostas

Resposta Questão 1

O Brasil é tido como um país populoso em virtude do  seu grande número de habitantes (192.304.735), considerado como  o quinto país mais populoso do planeta. Porém, seu território é considerado pouco povoado, consequência de sua grande extensão territorial (8.514.876 km².). Os dados de povoamento são obtidos através da densidade demográfica, que consiste na divisão dos números da população absoluta (total) pela área. Realizando esse cálculo, fica evidente que o Brasil possui uma área muito grande para sua população, com densidade demográfica de 22,5 habitantes por quilômetro quadrado. Sendo portanto, pouco povoado.

Resposta Questão 2

Populoso, ou população absoluta, corresponde à quantidade total de habitantes de um determinado lugar, desconsiderando a relação de espaço que habita.

Já o conceito de povoado, corresponde à ligação direta entre o número de habitantes e as áreas geográficas ou espaço habitado (divisão da população total pela área),  é assim que se estabelece a densidade demográfica, ou seja, quantidade de pessoas por km².

Resposta Questão 3
a) Falso – É a segunda região brasileira mais populosa, sua população é de 53.650.000 habitantes, sua densidade demográfica é de 34,4 hab/km².

b) Verdadeiro – A região Sudeste do Brasil apresenta a maior quantidade de habitantes, sua população está estimada em 78 milhões de pessoas. É também a região mais povoada do país, com 87,5 hab/km².

c) Falso - O Sul do Brasil apresenta cerca de 27 milhões de habitantes, sendo a terceira mais populosa do país. É a segunda região mais povoada do território brasileiro, com densidade demográfica de 48 hab/km².

d) Falso – A região Norte possui a segunda menor quantidade de habitantes do Brasil, são aproximadamente 15 milhões; é a região menos povoada, com  4 hab/km².

e) Falso – O Centro-Oeste possui a menor quantidade de habitantes, são aproximadamente 13,3 milhões de pessoas residindo na mesma. A densidade demográfica é baixa,  8,6 km².

Resposta Questão 4

a) Falso – A taxa de crescimento está relacionada ao aumento do número de habitantes do país.

b) Falso – O índice de desenvolvimento consiste em um dado socioeconômico, portanto, não está relacionado à relação população x área.

c) Verdadeiro – A densidade demográfica é um dado obtido através da divisão da população absoluta (número total de habitantes) pela área, e é expressa por hab/km². A densidade demográfica é representada pelo número de habitantes por km², sendo um dado que estabelece a respeito do povoamento de um determinado local.

d) Falso – A taxa de natalidade expressa a quantidade de nascimento de um determinado local.

e) Falso – A taxa de fertilidade consiste no número proporcional de filhos que uma mulher pode gerar ao longo da vida.

Resposta Questão 5

a) Falso – População relativa é a relação da população e a área de um local, ou seja, é a densidade demográfica de um determinado lugar.

b) Falso – Uma área ou região só pode ser chamada de muito povoada quando apresenta grande densidade demográfica.

c) Falso – As áreas enecumênicas são aquelas que apresentam aspectos que dificultam a ocupação humana, dotadas de climas, solos e outros aspectos desfavoráveis para a moradia.

d) Falso – A densidade demográfica é a divisão da população absoluta (número total) pela área.

e) Verdadeiro – As áreas que possuem muitos habitantes apresentam grande concentração populacional. É importante destacar que as áreas com grande concentração populacional nem sempre são muito povoadas, visto que áreas povoadas são as que apresentam grande densidade demográfica.

Resposta Questão 6

a) Falso – Durante essas décadas não houve crescimento do planejamento familiar, visto que as médias de aumento populacional são altas.

b) Verdadeiro – Da década de 1950 a 1970 é o período no qual ocorreu as maiores médias de crescimento natural – 2,99% e 2,89%. Portanto, nesse período houve uma explosão demográfica.

c) Falso – As taxas de crescimento natural de 1960 a 1980 estiveram em constante declínio, havendo, portanto, uma redução da taxa de fertilidade.

d) Falso – Apesar de as taxas de crescimento demográfico sofrerem redução nesse período, o crescimento demográfico aumentou, pois a quantidade de habitantes no Brasil eleva a cada ano.

e) Falso – O crescimento demográfico não se estabiliza, visto que o crescimento vegetativo do país continua positivo, ou seja, o número de nascimentos é maior que o de óbitos.

Resposta Questão 7

a) Verdadeiro – Ao analisarmos a tabela, fica evidente que a média de crescimento natural está reduzindo nas últimas décadas, pois as taxas de crescimento estão em constante declínio.

b) Falso – Está havendo a redução do crescimento natural nas últimas décadas, a menor média constatada foi no período de 1991 – 2000 com 1,64%.

c) Falso – Em valores absolutos (total) a população brasileira está aumentando, o que está reduzindo é a taxa de crescimento natural, pois o crescimento vegetativo ainda é positivo.

d) Falso – A pequena queda é registrada apenas no crescimento natural, no entanto, na quantidade total, ou seja, na população absoluta, ocorreu um aumento populacional.

e) Falso – A quantidade de habitantes no território brasileiro alterou bastante no período de 1950 a 2000, havendo um grande acréscimo populacional no país.

sábado, 22 de março de 2014

Entenda a crise na Crimeia


Histórico

A Crimeia, península que atualmente pertence à Ucrânia, mas tem maioria de população russa e regime de república autônoma, fez parte da Rússia desde o século XVIII. A região também foi membro, autonomamente, da República Socialista Federativa Soviética Russa, de 1921 a 1945, ano em que Josef Stalin deportou a população de origem tártara da Crimeia e a destituiu de autonomia.
Em 1954, o líder soviético Nikita Kruschev transferiu o território da Crimeia para a Ucrânia, em um gesto simbólico de amizade. A autonomia da região foi restaurada no último ano de existência da União Soviética e fim da Guerra Fria, em 1991. No entanto, as tensões separatistas foram uma constante durante os anos seguintes, sendo sempre apaziguadas pela Ucrânia e contornadas através de acordos com a Rússia.
Em consequência ao temor ucraniano com a situação, no Memorando de Budapeste, assinado em 1994, os EUA, Reino Unido e Rússia comprometem-se a garantir a independência e as atuais fronteiras da Ucrânia. Em troca, o governo ucraniano abdicou do terceiro maior arsenal nuclear do mundo, mantido após o desmantelamento da União Soviética, além de assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
A ex-potência soviética, contudo, possui fortes interesses na Crimeia pelo fato de esta ser localizada às margens do Mar Negro – único porto de águas quentes da Rússia, que dá acesso ao Mediterrâneo. Os portos da Crimeia também escoam a produção agrícola da Ucrânia e servem de pontos de exportação, para a Europa, do gás natural russo. A Crimeia também é uma grande produtora de grãos e vinhos, com forte atuação na produção alimentícia.

A crise

Em novembro de 2013, o então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych anunciou em comunicado oficial que havia desistido de assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia, preferindo priorizar suas relações com a Rússia. No dia 21 do mesmo mês, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a decisão, o que resultou em repressão violenta e dezenas de manifestantes mortos.
No dia 22 de fevereiro, Yanukovich deixou a capital do país, Kiev, e foi afastado da presidência pelo Parlamento do país. Foram convocadas eleições para maior deste ano e um governo interino foi montado.
Na Crimeia, o parlamento local foi tomado por um comando pró-Rússia, que nomeou um novo premiê e aprovou sua independência e posterior anexação à Federação Russa. O governo é considerado ilegítimo pela Ucrânia, que pede às forças internacionais que não o reconheçam.
Com as tensões, o Parlamento russo aprovou o envio de tropas à Crimeia. Os EUA e outros países ocidentais posicionam-se a favor da Ucrânia e anunciaram pacotes bilionários de ajuda ao país, além de impor sanções e exigir que a Rússia retire imediatamente o contingente militar enviado. O governo da Casa Branca acusa, ainda, a Rússia de violar o Memorando de Budapeste, por interferir diretamente nas fronteiras ucranianas.

O referendo

Mesmo com forte oposição da ONU, foi realizado o referendo popular na Crimeia que decidiria pela separação da península da Ucrânia e anexação ao território russo, opção que acabou por vencer com mais de 95% dos votos.
No entanto, uma pesquisa feita antes da invasão revelou que apenas 42% dos habitantes eram favoráveis ao desmembramento, o que levantou suspeitas na comunidade internacional de que o resultado do referendo possa ter sido manipulado. EUA e União Europeia reiteraram que a votação nunca será reconhecida pela comunidade internacional.

Após o referendo, o governo de Moscou anunciou que consideraria a Crimeia como parte de seu território a partir de terça-feira. Nesta quarta, por unanimidade, o Tribunal Constitucional da Rússia considerou legal a assinatura do tratado que anexa a Crimeia a seus territórios pelo presidente Vladimir Putin. “A Crimeia sempre foi parte da Rússia nos corações e mentes das pessoas“, declarou Putin em um pronunciamento em Moscou, após a assinatura.

domingo, 16 de março de 2014

Geografia: Movimentos da Terra - Aula 2 - Solstícios e Equinócios

O último sopro de Guerra Fria - Crise regional envolvendo Rússia e Ucrânia aponta para criação de uma nova ordem mundial.



Os recentes acontecimentos na Ucrânia marcaram o início de uma nova fase nas relações entre a Rússia e o Ocidente. Dificilmente, as coisas vão acabar em conflito armado, mas a questão é por onde passará a nova fronteira entre a nova Rússia e a Europa.
O resultado da Guerra Fria foi a desagregação do bloco soviético. Os países da Europa Central e Oriental que haviam integrado a Organização do Tratado de Varsóvia foram posteriormente incorporadas à UE e à Otan - mas por algumas etapas. As antigas repúblicas soviéticas estão na fila.
Permanecem no Ocidente os temores de que o modelo da URSS poderia um dia renascer. Isso foi declarado publicamente por Hillary Clinton, em janeiro passado, quando deixava o cargo de Secretária de #Estado dos EUA. A nova URSS poderia ser criada sob novas denominações, como União aduaneira ou União Euroasiática.
Não é surpresa que Moscou pretende reavivar os laços econômicos com as ex-repúblicas soviéticas. Porém, a Rússia faz fronteiras com dois centros econômicos mundiais, União Europeia e #China, cujos mercados apresentam-se em uma escala incomparavelmente maior que os russos. É possível que Pútin até estivesse disposto a se unir a um desses gigantes econômicos na qualidade de parceiro equitativo. Mas nenhum deles jamais fez um convite nessas condições, e Moscou não tem intenção de se tornar um mero apêndice, fornecedor de matéria-prima.
Foi daí que surgiu a ideia do #Espaço Econômico Único (EEP, na sigla em russo), um mercado comum de bens, capitais, serviços e mão de obra que a Rússia, o Cazaquistão e a Bielorrússia estão desenvolvendo. A Armênia e o Quirguistão estão se preparando para se juntar a essa estrutura, e os documentos para unificação deverão ficar prontos até maio. No entanto, sem a Ucrânia, com seus 45 milhões de habitantes e indústria desenvolvida, o EEP não terá um mercado do porte que permitiria concorrer com os outros centros econômicos.
Os Estados Unidos e a UE, que de forma constante foram atraindo a Ucrânia para sua esfera de influência, compreendem isso muito bem. O final desse processo deveria ter sido o acordo de associação com a UE, que impediria o caminho da integração com a Rússia. Mas a assinatura prevista para o final de novembro do ano passado na Cúpula da UE, em Vilnius, não se concretizou.
O presidente da Ucrânia, Viktor Ianukovch, que aparentemente tinha decidido barganhar um pouco mais, adiou a assinatura na esperança de receber um bônus da Rússia sob a forma de créditos e descontos no preço do gás. Porém, sob pressão das manifestações da Praça Maidan, das quais participaram aqueles que apoiavam a integração da Ucrânia à UE, Ianukovich cedeu o poder quase sem resistência. Os #políticos que o substituíram restauraram imediatamente o vetor ocidental do movimento da Ucrânia, colocando Moscou diante de uma escolha crucial.
Os fantasmas sobre o renascimento da União Soviética que assustam os políticos americanos e europeus se materializam- na Rússia não só em forma de opressão econômica, mas também como problemas de segurança. Após a queda da URSS, o bloco da Otan se expandiu drasticamente pelos países da Europa Oriental e das antigas repúblicas soviéticas do Báltico, chegando às fronteiras da Rússia. De um modo geral, a esfera de sua atuação ultrapassou em muito os limites do Atlântico.
Os estrategistas russos nunca vão acreditar que não existe qualquer ameaça da parte da Otan e estão ainda mais preocupados com a perspectiva de alocação, sobre o #territórioda Ucrânia, dos sistemas de defesa antimísseis americanos, que poderiam neutralizar por completo o principal trunfo militar da Rússia – os mísseis baseados em terra.
Por fim, também é difícil para Moscou se conformar com o fato de que a Ucrânia, que compunha juntamente com a Rússia a espinha dorsal da civilização Eslavo-Ortodoxa, passará para a influência da civilização ocidental. Considerando os contatos pessoais extremamente estreitos entre os habitantes dos dois países, que ao longo dos últimos 350 anos constituíram um único grupo, a saída da Ucrânia está se tornando um problema político interno de maior proporção.
Parece-me que o Ocidente compreende ser um fato extremamente desagradável para a Rússia e a anexação da Crimeia soa como se estivesse prevista. Caso contrário, seria difícil de entender a reação anêmica do Ocidente. A União Europeia abandonou as negociações com a Rússia sobre a facilitação do regime de vistos e a preparação de um novo acordo-quadro para cooperação. Mas já não é o primeiro ano que eles estão protelando isso. Enquanto isso, os EUA falam sobre sanções pontuais a vistos para oficiais russos. A cooperação militar entre os dois países foi cancelada, assim como a visita de quatro vigilantes sanitários russos aos EUA.
Ninguém quer arcar com os custos econômicos e fechar os canais de negociação com Moscou quando permanecem em aberto os problemas com a Síria, Irã e Afeganistão. Mas a #Crimeia é apenas uma parcela da crise - e uma parcela não muito grande. Não está claro, por exemplo, que destino aguardam as regiões do leste da Ucrânia, onde também há muitos russos étnicos que não desejam se submeter a um governo pró-ocidental. Mas é muito mais importante entender como será o futuro desdobramento das relações entre a Rússia e o Ocidente, que levará à formação de uma nova ordem mundial.
Fonte: Gazeta Russa

Plano Equatorial , Equador e Paralelos


Ucrânia: Uma nova Guerra-Fria?



Todos estamos acompanhando o desenrolar das manifestações e do xadrez geopolítico que se desenvolveu ao redor da Ucrânia nos últimos dias.
Os protestos se iniciaram quando o presidente já deposto recusou assinar um acordo de aproximação com a UE para ficar mais próximo da Rússia. Decisão essa que frustrou os ucranianos e os levaram a protestar e pedir a renúncia do então presidente, que era pró Rússia diga-se de passagem.
Mas, a península da #Crimeia, região da maioria russa, não viu com bons olhos essa manifestação dos ucranianos e busca sua independência para então se anexar a Rússia de Putin.
A partir disso os olhos do mundo se voltaram para o país que condena essa ação da Crimeia e alega que a mesma viola leis internacionais que a Península diz não violar. Nesse jogo de pura estratégia, alguns "cachorros grandes" se meteram...
Os Estados Unidos, sempre eles, e a UE, já lançaram mão de algumas medidas restritivas. Por enquanto essas medidas se restringem aos passaportes de pessoas ligadas a essa situação que ficaram impedidas de circular na UE ou ir ao EUA. As que já estavam nesse locais foram deportadas.
A Rússia, por sua vez, está sob suspeita de ter enviado tropas e cavar trincheiras na Crimeia; embora o presidente Putin negue e tenha até declarado que "em qualquer loja se vende um uniforme do #exército russo" as evidências apontam cada vez mais para o contrário.
Desse xadrez podemos até ter um pequeno vale a pena ver de novo de uma guerra fria. Mas, acredito que numa escala bem reduzida se comparado a ela.
Embora as sanções já estejam valendo, não acredito que elas devam se multiplicar ou se tornarem mais extremas. Em tempos de uma #Globalização cada vez mais pulsante e de um mundo cada vez mais interligado, impor uma sanção da caráter econômico a Rússia seria atirar no próprio pé. Isso porque mais de 1/3 do Gás Natural consumido na UE vem da própria Rússia que, por sua vez, tem nas exportações do mesmo seu carro-chefe da #economia, que já não anda lá aquelas coisas...
O interesse da Rússia nessa região é puramente histórico, haja visto que a Crimeia já pertenceu à URSS, sendo dada a Ucrânia pelo então presidente Nikita Khrushchev e que depois, com a independência da Ucrânia em 1991, continuou a pertencer ao referido país com o aval de Yéltsin; desde que bases russas permanecessem na região.
Ao que tudo indica, a península da Crimeia está mesmo disposta a se tornar independente da Ucrânia para se anexar a Rússia. Embora ainda seja cedo para prever os rumos dessa questão e os próximos movimentos desse xadrez geopolítico que se formou, parece que a Península já deu seus primeiros passos rumo a sua independência da Ucrânia...
Agora é esperar a reação dos outros envolvidos nessa questão...


Fontes: Folha de São Paulo - BBC Brasil - Yahoo Notícias.

QUESTÕES - 8 ANO : PADRE JOSÉ DILSON DÓREA

QUESTÕES : AMÉRICA LATINA 1. SOBRE A REGIONALIZAÇÃO DO CONTINENTE AMERICANO , RESPONDA: A. QUE CRITÉRIOS PODEMOS UTILIZAR PARA REGION...