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Floresta Amazônica: É uma floresta
tropical situada na região Norte da América do Sul. Ocupa territórios do
Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana
Francesa (Amazônia Internacional).
-Amazônia Legal: Engloba nove estados
brasileiros pertencentes à Bacia Amazônica e, consequentemente, possuem, e em
seu território, trechos da floresta Amazônica.
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CARACTERÍSTICAS
CLIMÁTICAS
- Clima Equatorial: O clima equatorial
é aquele que ocorre na região da linha do Equador. São áreas de baixa latitude
como, por exemplo, Amazônia, sudeste da Ásia e centro da África.
- Durante todo o ano é úmido, com alto
índice de evaporação e altas temperaturas;
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A pluviosidade é alta (chuvas em grande quantidade), atingindo de 2.000 a 3.000
milímetros por ano;
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A umidade relativa do ar nas regiões de clima equatorial é elevada (média anual
de 90%);
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A temperatura média anual nestas regiões fica em torno de 26°C. Ocorre pouca
variação de temperatura (entre mínima e máxima) durante o ano.
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FENÔMENO
DA FRIAGEM NA AMAZÔNIA
Como vimos, à região Amazônica, além de
apresentar a maior cobertura de floresta tropical do mundo, possui alta umidade
e baixa variação altimétrica (temperatura) ao longo de todo o ano. Essas
condições se devem em parte à posição geográfica da Amazônia (está disposta
latitudinalmente sob a linha do equador), o que favorece a incidência de uma
grande quantidade de energia solar. Além disso, sua localização favorece a
convergência (encontro) de massas de ar úmido vindas dos oceanos. A chamada
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é um dos mais importantes sistemas
meteorológicos de circulação atmosférica global, transferindo calor e umidade
dos níveis inferiores atmosféricos das baixas latitudes para médias e altas
latitudes.
Esse cenário só é modificado durante o
inverno no hemisfério Sul. Nas regiões periféricas da floresta, mais
precisamente dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas, ocorre o fenômeno da "friagem". Esse fenômeno consiste na penetração da
massa de ar polar atlântica na Amazônia (AR FRIO E ÚMIDO, ATUA PRINCIPALMENTE
NO INVERSO), provocando uma queda súbita da temperatura. Em geral, a região
recebe imensas cargas de umidade de 1600 a 3600 mm por ano, porém somente
durante esse fenômeno a umidade se origina de massas polares. Segundo o
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET, no ano de 2010, Rio Branco, capital
do Acre, foi o município do estado que mais esfriou, registrando uma
temperatura mínima de 14ºC. As menores temperaturas foram registradas em
Rondônia, no município de Vilhena, com mínima de 10,4ºC. Em Porto Velho, a
mínina foi de 17,2ºC. Em Lábrea, no sul do Amazonas, a temperatura mínima
registrada durante a ocorrência da friagem foi de 16,5ºC. Todas essas
temperaturas registradas se mostram muito baixas para os padrões de temperatura
da região Norte, e a população, despreparada para o frio, sente
bastante desconforto. O fenômeno da friagem, no entanto, não é
exclusividade da região Norte, ocorrendo em menor intensidade nas regiões
Centro-Oeste e Sul. O fenômeno ocorre entre os meses de MAIO A AGOSTO.
A ação do homem tem potencializado esse
fenômeno, devido ao alto índice de desmatamento, ou seja, sem a barragem da
floresta densa, a massa de ar atinge a região sem dificuldade.
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REGIÃO
HIDROGRÁFICA AMAZÔNICA
A Região Hidrográfica
Amazônica é a maior do mundo.
O rio principal nasce
nos Andes peruanos com o nome de Ucayali e entra no Brasil pelo estado do
Amazonas, com o nome de Solimões. Nas proximidades de Manaus, o Solimões se
encontra como Rio Negro. A confluência do rio Negro, de água preta, com o rio
Solimões, de água barrenta, resulta em um fenômeno popularmente conhecido como “encontro das águas” .
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A RELAÇÃO
ENTRE HIDROGRAFIA, CLIMA E RELEVO
Existe uma
interdependência direta que há entre hidrografia, clima e relevo, pois
estabelecem influências determinantes entre eles.
Um exemplo claro desse
processo está vinculado à hidrografia, quando rios e lagos surgem a partir do
derretimento de neve e geleiras, além de sofrer alterações na vazão pela chuva.
As oscilações ocorridas
nos mananciais são provenientes das estações do ano, dessa forma, na medida em
que as estações mudam, rios e lagos são influenciados, derivando os períodos de
cheias e vazantes.
As cheias correspondem
aos períodos do ano nos quais a estação é chuvosa e também há derretimento de
gelo e neve, elevando significadamente os níveis das águas. Os períodos de
vazantes acontecem nas estações secas, momento em que há uma grande diminuição
das águas dos rios.
As características do
relevo promovem uma interferência direta nos cursos fluviais, em superfície
repleta de aclives e declives na qual apresenta planaltos, depressões e áreas
montanhosas. As águas dos rios deslocam de forma mais rápida, promovendo um
grande desgaste do relevo, esse processo forma vales fluviais, além de promover
o transporte de sedimentos para as áreas mais baixas do relevo.
Nos lugares mais
aplainados, como as áreas de planícies, os rios geralmente possuem trajetória
em curva e a velocidade das águas é bastante lenta, além de promover a
sedimentação nas margens, formando as planícies fluviais.
O relevo interfere em
alguns casos no clima de uma região, quando o relevo impede a passagem de
massas de ar que poderiam determinar as configurações climáticas de um lugar.
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DESENVOLVIMENTO
DA AMAZÔNIA
A SUDAM - Em 2007, o presidente Luis Inácio Lula da Silva cria a nova
SUDAM pela Lei Complementar N°124, de 3 de janeiro de 2007, em substituição à
Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA). O Decreto N° 6.218, de 4 de
outubro de 2007, aprovou a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos
Cargos em Comissão e suas Funções Gratificadas. A SUDAM passa a ser uma
Autarquia Federal, vinculada ao Ministério da Integração Nacional, tendo como
missão institucional promover o desenvolvimento includente e sustentável da
Amazônia assegurando a erradicação da miséria e a redução das desigualdades
regionais.
HISTORICO SUDAM
O Plano de Valorização
da Amazônia, criado pela Constituição de 1946, teve sua discussão reiniciada em
1950 com a posse do Presidente Getúlio Vargas que convocou uma Conferência
Técnico Administrativo para estudar e debater assuntos relativos ao processo de
desenvolvimento da Amazônia.
Em sua Mensagem de 1952
ao Congresso Nacional informou da conclusão dos estudos, e da elaboração de um
Projeto de Lei, que resultou na Lei nº 1.806, sancionada em 06/01/1953, que
instituía o Plano de Valorização Econômica da Amazônia e em seu art. 22, criava
a Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia - SPVEA . A
instituição tinha como objetivos gerais:
a) Assegurar a ocupação
da Amazônia em um sentido brasileiro;
b) Constituir na
Amazônia uma sociedade economicamente estável e progressista, capaz de, com
seus próprios recursos, prover a execução de suas tarefas sociais;
c) Desenvolver a
Amazônia num sentido paralelo e complementar ao da economia brasileira.
A SPVEA, que era
diretamente subordinada à Presidência da Republica, teve sua sede oficialmente
instalada em Belém do Pará, em 21/09/1953 e como primeiro superintendente
Arthur César Ferreira Reis, nascido no Amazonas, escritor e autor de muitas
obras literárias sobre a Amazônia.
Faziam parte da SPVEA os
09 (nove) Estados e Territórios Federais ( Pará, Amazonas, Maranhão, Mato
Grosso, Goiás, Território do Acre, Território do Amapá, Território do Rio
Branco-Roraima, Território do Guaporé-Rondônia).
O sucesso da obra da
SPVEA, que já se estendia por todos os cantos da Amazônia Legal, com o
resultado positivo do planejamento que revitalizava todos os setores de
atividades da região, estimulou o Presidente Juscelino Kubtschek para criar a
SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. A SPVEA aplicou
substanciais recursos financeiros no fomento agrícola e pecuário, com
resultados positivos e presentes em termos quantitativo e qualitativo.
Em pronunciamento no dia
1º de fevereiro de 1966, em Macapá, com a presença de governadores da região e
membros do ministério, o Presidente da República Castelo Branco anuncia o
início da chamada “Operação da Amazônia” que tinha como propósito:
Transformar a economia
da Amazônia;
Fortalecer suas áreas de
fronteiras;
Fazer a integração do
espaço amazônico no todo nacional. A SPVEA ganhava nova e mais ampla dimensão
transformada em Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM).
Em 14 de setembro de
1966, o Grupo de Trabalho da Amazônia (Ministro Roberto de Oliveira Campos e
João Gonçalves de Souza), encaminhara ao Presidente Castelo Branco, o projeto
de lei votado pelo Congresso Nacional, que resultou na Lei nº 5.173, de 27 de
outubro de 1966, extinguindo a SPVEA e criando a SUDAM, com outros mecanismos
para agilizar a sua atuação e um estrutura diferenciada.
Em 27 de outubro de
1966, o Presidente Castelo Branco sancionou a Lei nº 5.174, dispondo sobre a
concessão de incentivos fiscais em favor da Região Amazônica.
A Lei nº 5.174 era
marcada pela liberalidade que conferia as pessoas jurídicas. Além da isenção de
impostos de renda, taxas federais, atividades industriais, agrícolas, pecuárias
e de serviços básicos, dava isenção de impostos e taxas para importação de
máquinas e equipamentos, bem como para bens doados por entidades estrangeiras.
A SUDAM, criada em
substituição à SPVEA, passa a ser uma autarquia vinculada à Secretaria Especial
de Políticas Regionais do Ministério do Planejamento e Orçamento e e, em
seguida, passou a ser vinculada ao Ministério do Interior. É criada com a
finalidade de planejar, coordenar, promover a execução e controlar a ação
federal na Amazônia Legal, tendo em vista o desenvolvimento regional.
A SUDAM foi instalada em
30 de novembro de 1966. O primeiro superintendente foi o General Mário de
Barros Cavalcante. Já o primeiro superintende da SUDAM civil, assumiu no início
de abril de 1974. Hugo de Almeida era engenheiro civil e industrial. Teve a
missão de implantar a Zona Franca de Manaus e foi quem introduziu o sistema de
reunião mensal do CONDEL. A SUDAM atuou principalmente na atração de
investimentos para a Amazônia, por meio do Fundo de Investimento da Amazônia
(Finam) e dos incentivos fiscais. Atuou ainda na coordenação e supervisão,
outras vezes mesmo elaboração e execução de programas e planos de outros órgãos
federais. Em 24 de agosto de 2001, o presidente Fernando Henrique Cardoso, na
medida provisória nº. 2.157-5, criou a Agência de Desenvolvimento da Amazônia
(ADA) e extinguiu a SUDAM. Esta decisão foi tomada após várias críticas quanto
à eficiência dessa autarquia, passando a ser a responsável pelo gerenciamento
dos programas relativos à Amazônia Legal.
Com uma estrutura
pequena e orçamento limitado a ADA atuou durante seis anos no planejamento
regional e teve como principal foco o fortalecimento de Arranjos Produtivos
Locais (APL) da Amazônia Legal. A Agência também iniciou a operacionalização do
Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), voltado para o financiamento de
grandes projetos privados na Amazônia.
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