O primeiro-ministro israelense,
Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (25) o envio de seu
conselheiro para a segurança nacional para os Estados Unidos para discutir o
futuro acordo final sobre a questão nuclear iraniana.
"Eu ficaria feliz em poder
me juntar às vozes em todo o mundo que saudaram o acordo de Genebra. É verdade
que a pressão internacional que nós exercemos trouxe um resultado melhor do que
o originalmente esperado, mas continua a ser um mau acordo", declarou
Netanyahu ao Parlamento.
"Ele reduz a pressão sobre o
Irã sem receber nada tangível em troca", considerou o primeiro-ministro,
segundo o texto de seu discurso divulgado pelo seu gabinete.
"Falei ontem com o
presidente (dos Estados Unidos, Barack) Obama e concordamos que nos próximos
dias uma delegação chefiada pelo conselheiro de Segurança Nacional Yossi Cohen
irá aos Estados Unidos para discutir o acordo final com o Irã",
acrescentou.
"Este acordo deve conduzir a
um resultado: o desmantelamento da capacidade nuclear do Irã", insistiu
Netanyahu, recordando as declarações feitas na última semana pelo líder supremo
do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, defendendo "os direitos nucleares do
Irã" e condenando "o regime sionista à extinção".
"Reafirmo o meu compromisso,
como primeiro-ministro de Israel, evitar que os líderes do Irã alcancem a
capacidade de destruir o Estado de Israel", prometeu.
O presidente Obama convidou no
domingo Netanyahu a discutir o acordo sobre a questão nuclear iraniana e propôs
consultas sobre este assunto.
Netanyahu criticou no domingo,
especialmente os Estados Unidos, pelo acordo alcançado em Genebra, chamando-a
de "erro histórico".
Israelenses não
acreditam que o Irã vá interromper programa nuclear
Mais de 75% dos israelenses não acreditam que o Irã vai interromper
o programa nuclear, depois do acordo anunciado com as grandes potências
mundiais em Genebra, destaca uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (25).
A pesquisa, publicada no jornal Israel Hayom, ouviu 500
pessoas representativas da população judaica, sem considerar a minoria árabe
(que representa 20% da população), e tem margem de erro de 4,4%.
De acordo com a sondagem, 76,4% dos entrevistados responderam
não à pergunta "Depois do acordo, você acredita que o Irã vai deter o
programa nuclear?", contra 12,6% que responderam de maneira afirmativa. Os
outros 11% não tinham opinião formada.
Além disso, 57,8% dos entrevistados consideram que o governo
dos Estados Unidos "prejudicou os interesses israelenses ao assinar o
acordo com o Irã".
As opiniões estão mais divididas sobre a possibilidade de
Israel atacar o Irã no caso da República Islâmica prosseguir com o programa
nuclear: 45,8% dos israelenses apoiaram a iniciativa, contra 37,9%.
O Irã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino
Unido e França, mais Alemanha) assinaram no domingo um acordo para limitar o
programa nuclear iraniano, em troca de um alívio das sanções contra Teerã, um
"primeiro passo" antes da assinatura de um acordo
"completo" em seis meses.
O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius,
afirmou nesta segunda-feira que a União Europeia começará em dezembro a
suavizar as sanções que afetam o Irã.
A suspensão das sanções será "limitada, calibrada e
reversível", disse Fabius à emissora de rádio Europe 1. Ele destacou que o
governo dos Estados Unidos procederá da mesma maneira.
Nas próximas semanas será organizada uma reunião de ministros
das Relações Exteriores da UE, segundo o chanceler francês.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/11/israelenses-nao-acreditam-que-o-ira-va-interromper-programa-nuclear.html
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/11/israelenses-nao-acreditam-que-o-ira-va-interromper-programa-nuclear.html
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