terça-feira, 31 de março de 2015

I Guerra Mundial

Nos anos que antecederam a 1ª Guerra Mundial, a Europa vivia um clima de rivalidade entre as grandes potências, que disputavam colônias na África e na Ásia, além de territórios dentro do próprio continente.

Em um período chamado de "paz armada" (1871-1914), esses países protagonizaram uma corrida armamentista que aumentava a tensão nas relações internacionais. O continente era um barril de pólvora e bastava uma faísca para que explodisse. O estopim foi um crime político.


O fato que culminou na 1ª Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia. Eles foram vítimas de um atentado durante visita a Sarajevo – ato com importante conteúdo político, pois buscava demonstrar o domínio austríaco sobre a região.
O crime aconteceu em 28 de junho de 1914. O autor dos disparos foi Gavrilo Princip, estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois, em 28 de julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, dando início ao confronto.





Diante da declaração de guerra dos austríacos, os russos se mobilizam para ajudar os sérvios, seus "irmãos" eslavos dos Bálcãs. No dia 3 de agosto de 1914, a Alemanha, aliada dos austríacos, declara guerra à França. O exército alemão avança rumo à França.
Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança (mas até então estava neutra), declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Apesar de ser um conflito essencialmente europeu, a guerra envolveu os Estados Unidos e o Japão, e as colônias das potências da Europa também foram campos de batalha.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.



A primeira fase da guerra foi marcada pela Batalha de Fronteiras. O exército alemão tentava chegar a Paris pelos limites da França com a Alemanha e a Bélgica – até então um país neutro.
Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território francês pela fronteira do país. Em apenas um dia, 22 de agosto de 1914, 27.000 soldados franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. Uma das principais caraterísticas dos confrontos foi o uso de trincheiras – frentes estáticas escondidas em valas cavadas no chão, protegidas por arame farpado.





Foi em território francês que se travaram as principais batalhas da guerra. As mais devastadoras foram as de Verdun e Somme. A primeira durou de fevereiro a dezembro de 1916. O exército francês empenhou todos seus esforços para conter as investidas alemãs no nordeste do país. A batalha terminou com mais de 700.000 baixas.
A segunda começou em julho de 1916 e durou cerca de cinco meses. Os exércitos da França e da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas – entre mortos e feridos de ambos os lados.



As duas batalhas ocorridas na região do Rio Marne, no leste de Paris, foram decisivas. A primeira, em setembro de 1914, foi a contraofensiva franco-britânica que conteve o avanço das tropas alemãs – que já haviam ocupado parte da Bélgica, invadido a França e se encontravam a menos de 40 km da capital francesa. O general que comandava as tropas recrutou todos os táxis de Paris para levar cerca de 4.000 homens ao fronte.
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de baixas em ambos os lados.


A entrada dos Estados Unidos na guerra foi determinante para o desfecho do conflito. O país decidiu declarar guerra à Alemanha, em abril de 1917, após ter navios mercantes naufragados ao serem atingidos por submarinos alemães no norte do Oceano Atlântico e também no Mediterrâneo – o que afetava profundamente seus interesses comerciais.
Foi ao lado dos americanos que os países da Entente conseguiram reagir de forma mais efetiva contra as investidas do exército alemão.


A corrida armamentista que precedeu a 1ª Guerra resultou no rápido desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências. Durante o confronto, os países usaram armas com poder destrutivo jamais visto na época.
Das baionetas, os exércitos passaram às metralhadoras, frotas de encouraçados, submarinos, tanques de guerra, lança-chamas e gases tóxicos. Os aviões, que antes serviam apenas para observação, começaram a ser usados em bombardeios.



Em 22 de abril de 1915, a Alemanha fez o primeiro grande ataque com uso de gás tóxico, que devastou as linhas inimigas na Bélgica. Os exércitos começaram a usar máscaras para se protegerem dos gases, entre eles o lacrimogêneo e o mostarda.


O Império Turco-Otomano, aliado dos alemães, entrou no conflito no final de 1914. Sua derrota fragmentou ainda mais o já fragilizado império, que acabou sendo dissolvido em 1923, quando foi proclamada a República da Turquia.
Foi durante a 1ª Guerra que começou o genocídio armênio pela mão dos turcos, em abril de 1915. Os homens eram levados para o fronte, onde eram mortos enquanto cavavam trincheiras. Crianças, idosos e mulheres eram tirados de suas casas para "caravanas da morte", onde sucumbiam ao frio, à fome e às doenças. Os armênios afirmam que o número de mortos chegou a 1,5 milhão.


No contexto da 1ª Guerra começou a Revolta Árabe contra o Império Turco-Otomano, em 1916, com o apoio da Grã-Bretanha. O movimento abriria caminho para uma nação árabe independente.
Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da 1ª Guerra.


Após a Entente começar a dominar as batalhas, o Império Turco-Otomano assina o armistício em outubro de 1918. Em novembro foi a vez do Império Austro-Húngaro, seguido pela Alemanha – que assinou o cessar-fogo em 11 de novembro de 1918, dois dias após o Kaiser Guilherme II abdicar e ser proclamada a República na Alemanha. Após quatro anos, a guerra terminava com 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.
Estima-se que a 1ª Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de prisioneiros e 10 milhões de refugiados.
Em junho de 1919, é assinado o Tratado de Versalhes, que impôs as condições de paz – as mais duras para a Alemanha. O país perdeu todas as suas colônias, foi desarmado, teve parte de seu território ocupado militarmente e ainda precisou pagar uma pesada indenização pelos custos da guerra.


fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/entenda-1-guerra-mundial-em-20-fotos-da-epoca.html 

segunda-feira, 30 de março de 2015

Domínios Morfoclimáticos Brasileiros - Extensivo Geografia | Descomplica

Planejamento Anual de Geografia


A nova Ordem Mundial



A linguagem cartográfica é um dos instrumentos de leitura do mundo mais usados pela Geografia, pois os mapas sempre trazem informação contextualizada no tempo e no espaço. O mapa da charge de Angeli se refere, de forma artística, a uma certa realidade geográfica contemporânea: a chamada “nova ordem mundial”. Com base nos conhecimentos em Cartografia e Geografia do mundo atual, um bom título e uma boa legenda para o mapa temático de Angeli seriam:

a) Título do mapa: Países desenvolvidos e subdesenvolvidos;Legenda do mapa (características gerais): Quantidade de exportações e importações

b) Título do mapa: Divisão econômico-social do mundo atual; Legenda do mapa (características gerais): Graus de inclusão e/ou de exclusão social

c) Título do mapa: Divisão do PIB mundial entre os países; Legenda do mapa (características gerais): Densidades demográficas desiguais

d)  Título do mapa: Divisão internacional do trabalho ;Legenda do mapa (características gerais): Índice de desenvolvimento humano (IDH)

e) Título do mapa: Regionalização das culturas mundiais; Legenda do mapa (características gerais): Modos de vida e integração cultural

Domínios morfoclimáticos


Questão

Levando-se em consideração a posição do planeta Terra apresentada no cartograma ao lado, conclui-se que as populações localizadas na faixa latitudinal 45 ON estão sob a seguinte estação do ano:


(A) Verão.
(B) Outono.
(C) Inverno.
(D) Primavera.
(E) Em transição.

Considerando-se a inclinação do eixo de rotação da Terra, observa-se que o hemisfério norte está “mais afastado’ do Sol do que o hemisfério sul e, assim sendo, conclui-se que as populações que habitam a faixa latitudinal 45°N estão sob a estação do Inverno.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Sistemas socioeconômicos : Exercícios 9º ANO

1. O LIBERALISMO ECONÔMICO GARANTE A NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA ;ENTÃO , O QUE IMPEDE QUE O PREÇOS NÃO SEJAM ABUSIVOS? EXPLIQUE.

R: A LIVRE CONCORRÊNCIA . SE O PREÇO FOR ABUSIVO, AS PESSOAS PROCURAM OUTRAS MARCAS .

2. DEPOIS DE CONHECER O FUNCIONAMENTO DE UMA SOCIEDADE CAPITALISTA, COMO VOCÊ DESCREVERIA ESSE SISTEMA ECONÔMICO?

R: UM SISTEMA ECONÔMICO MARCADO PELO LIBERALISMO ECONÔMICO, COM DIREITO A PROPRIEDADE PROVADA, ONDE O QUE REGULA OS PREÇOS A LEI DA OFERTA E DA PROCURA.

3. EXISTE ALGUMA RELAÇÃO ENTRE O CONSUMISMO E O SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO? EXPLIQUE.

R: SIM, POIS O CAPITALISMO VISA O LUCRO QUE E ADQUIRIDO COM A VENDA DOS PRODUTOS;PORTANTO, QUANTO MAIOR E O CONSUMISMO, MAIS FORTALECIDO FICA O SISTEMA ECONÔMICO.

4. COMPARE O CAPITALISMO COM O SOCIALISMO COM RELAÇÃO AOS SEGUINTES FATORES:

A. BENS DE PRODUÇÃO: NO CAPITALISMO , PERTENCEM A PROPRIEDADE PRIVADA E NO SOCIALISMO, AO ESTADO.

B. CONTROLE DA ECONOMIA:  NO CAPITALISMO, HA A NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO POR MEIO DO CHAMADO LIBERALISMO ECONÔMICO E, NO SOCIALISMO, HA O PLANEJAMENTO E CONTROLE DA ECONOMIA PELO ESTADO.

PARA FACILITAR

LIBERALISMO ECONÔMICO: LIVRE COMERCIO 

ECONOMIA PLANIFICADA: E QUANDO O ESTADO INTERFERE NOS ASSUNTOS COMERCIAIS DE UMA PAIS. 

LEI DA OFERTA E PROCURA:  TAMBÉM CHAMADA DE LEI DA OFERTA E DA DEMANDA E A LEI QUE ESTABELECE A RELAÇÃO ENTRE A DEMANDA DE UM PRODUTO, ISTO E, A PROCURA E A QUANTIDADE QUE E OFERECIDA,  A OFERTA. 

BENS DE PRODUÇÃO:SÃO OS EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES, SÃO BENS OU SERVIÇOS NECESSÁRIOS PARA A PRODUÇÃO DE OUTROS BENS. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

A Geografia serve antes de mais nada, para fazer a Guerra




O pensamento de que a Geografia serve antes de mais nada para fazer a guerra, possivelmente seja fruto ou consequência da forma de como os governos das nações mais desenvolvidas tratavam as informações geográficas como segredo de estado.
Os grandes conquistadores da humanidade se valiam dessas informações privilegiadas para arquitetar planos de dominação sobre vastas áreas geográficas, não importando que país ou nação estivesse lá.

Os Estados Unidos da América depois que sofreu uma fragorosa derrota na guerra do Vietnã, sabe o valor e a importância da afirmação desse Senhor Geógrafo Francês Yves Lacoste.

Na guerra do Vietnã os EUA dispunham de todo equipamento militar de ultima geração além de muito dinheiro, mas ainda assim não conseguir superar e muito menos suplantar o povo e a nação vietnamita que utilizou das características geográficas de seu país a seu favor.

Infelizmente o Brasil é vítima dessa política nefasta, pois é um país extremamente rico em recursos naturais, extensão territorial e clima favorável para o desenvolvimento, possui uma população pobre, subnutrida e alienada em todos os sentidos, transformando o Brasil em um país explorado pelos países do primeiro mundo, liderados pelos Estados Unidos da América.

O subdesenvolvimento brasileiro é proposital e controlado pelas grandes nações através de escolas publicas de baixa qualidade, alimentação insuficientes a milhões de brasileiros subnutridos, sistema político altamente corrupto e que trabalha a favor do capital estrangeiro, mentalidade racista e discriminatória por parte da casta dominante, etc.

A geografia quando bem utilizada a favor de uma nação ou sociedade é simplesmente uma arma devastadora e humilhante.

Não é a toa que no seio das Universidades é fato ouvir dizer que a Geografia é a mãe de todas as ciências, haja vista que dentro dela se encerra todas as outras ciências, seja de que área for.


Autor desconhecido

terça-feira, 17 de março de 2015

O Subdesenvolvimento - Josué de Castro


"O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta".







Os países do Terceiro Mundo são subdesenvolvidos, não por razões naturais - pela força das coisas - mas por razões históricas - pela força das circunstâncias. Circunstâncias históricas desfavoráveis, principalmente o colonialismo político e econômico que manteve estas regiões à margem do processo da economia mundial em rápida evolução.
Na verdade, o subdesenvolvimento não é a ausência de desenvolvimento, mas o produto de um tipo universal de desenvolvimento mal conduzido. É a concentração abusiva de riqueza - sobretudo neste período histórico dominado pelo neocolonialismo capitalista que foi o fator determinante do subdesenvolvimento de uma grande parte do mundo: as regiões dominadas sob a forma de colônias políticas diretas ou de colônias econômicas.

O subdesenvolvimento é o produto da má utilização dos recursos naturais e humanos realizada de forma a não conduzir à expansão econômica e a impedir as mudanças sociais indispensáveis ao processo da integração dos grupos humanos subdesenvolvidos dentro de um sistema econômico integrado. Só através de uma estratégia global do desenvolvimento, capaz de mobilizar todos os fatores de produção no interesse da coletividade, poderão ser eliminados o subdesenvolvimento e a fome da superfície da terra.

O maior de todos esses erros foi considerar o processo do desenvolvimento em toda parte como semelhante ao desenvolvimento dos países ricos do Ocidente. Uma espécie de etnocentrismo conduziu os teóricos do desenvolvimento a assentar as suas ideais e estabelecer os seus sistemas de pensamento em concepções de economia clássica que ignoravam quase totalmente a realidade socioeconômica das regiões de economia ocidental capitalista, uma economia socialista em elaboração acelerada e uma rede de abastecimento e de venda no resto do mundo. Não se ocupavam, pois, das estruturas econômicas desse resto do mundo, abandonado quer aos sociólogos, quer, antes, aos folcloristas.

Esta tremenda desigualdade social entre os povos divide economicamente o mundo em dois mundos diferentes: o mundos dos ricos e o mundo dos pobres, o mundo dos países bem desenvolvidos e industrializados e o mundo dos países proletários e subdesenvolvidos. Este fosso econômico divide hoje a humanidade em dois grupos que se entendem com dificuldade: o grupo dos que não comem, constituído por dois terços da humanidade, e que habitam as áreas subdesenvolvidas do mundo, e o grupo dos que não dormem, que é o terço restante dos países ricos, e que não dormem, com receio da revolta dos que não comem.

Um dos fatores mais constantes e efetivos das terríveis tensões sociais reinantes é o desequilíbrio econômico do mundo, com as resultantes desigualdades sociais. Constitui um dos maiores perigos para a paz o profundo desnível econômico que existe entre os países economicamente bem desenvolvidos de um lado, e de outro lado os países insuficientemente desenvolvidos. Desnível que se vem acentuando cada vez mais, intensificando as dissensões sociais e gerando a inquietação, intranquilidade e os conflitos políticos e ideológicos.

Ora, o problema do subdesenvolvimento não é exclusivo destes países; é antes um problema universal, que só pode ter soluções igualmente em escala universal. Viver na opulência, num mundo em que 2/3 estão mergulhados na miséria, não é apenas perigoso, é um crime. A tensão social na qual se vive hoje é, na maior parte das vezes, o produto desta conhecida injustiça social, uma vez que os povos dominados tomaram consciência da realidade sócio-econômica do mundo, nesta fase da história da humanidade que vivemos, fase de transformações explosivas, caracterizadas essencialmente por explosões diversas: a explosão psicológica dos povos explorados, não menos perigosa do que a explosão atômica com a qual se abriu uma nova era no nosso planeta: a era atômica.

É urgente restabelecer o equilíbrio econômico do mundo aterrando o largo fosso que separa os países bem desenvolvidos dos países subdesenvolvidos, sem o que é bem difícil que se consiga a verdadeira paz e a tranquilidade entre os homens. Nenhuma tarefa internacional se apresenta mais árdua, mas ao mesmo tempo mais promissora para o futuro do mundo, do que a do desenvolvimento econômico destas áreas mais atrasadas, onde os recursos naturais e os potenciais geográficos se conservam relativamente inexplorados.
A paz depende mais do que nunca do equilíbrio econômica do mundo. A segurança social do homem é mais importante do que a segurança nacional baseada nas armas.

Igualmente falso é o conceito de desenvolvimento avaliado unicamente à base da expansão da riqueza material, do crescimento econômico. O desenvolvimento implica mudanças sociais sucessivas e profundas, que acompanham inevitavelmente as transformações tecnológicas do contorno natural. O conceito de desenvolvimento não é meramente quantitativo, mas compreende os aspectos qualitativos dos grupos humanos a que concerne. Crescer é uma coisa; desenvolver é outra. Crescer é; em linhas gerais, fácil. Desenvolver equilibradamente, difícil.

Cada vez se pergunta com mais insistência se desenvolver-se significa desumanizar-se, nesta frenética busca de riqueza, de acordo com a fórmula preconizada pelo Ocidente de maximizar os lucros em vez de maximizar as energias mentais que enriquecem com mais rapidez a vida dos homens e podem dar-lhes muito mais felicidade.

O problema do desenvolvimento do Terceiro Mundo, e mesmo o do mundo inteiro que ainda se apresenta subdesenvolvido sob certos aspectos, é antes de tudo um problema de formação de homens. Se a revolução industrial dominou o século XIX, é a revolução cultural que deve dominar o século XX, isto é, a criação de uma cultura capaz de encontrar verdadeiras soluções para os grandes problemas da humanidade.

O subdesenvolvimento é uma forma de sub educação. De sub educação, não apenas do Terceiro Mundo, mas do mundo inteiro. Para acabar com ele, é preciso educar bem e formar o espírito dos homens, que foi deformado por toda parte. Só um novo tipo de homens capazes de ousar pensar, ousar refletir e de ousar passar à ação poderá realizar uma verdadeira economia baseada no desenvolvimento humano e equilibrado.

As contradições do desenvolvimento são múltiplas. Desenvolvimento significa ao mesmo tempo mutação e disciplina. Mas a disciplina impede muitas vezes a mutação. É o conservantismo das sociedades que alcançaram um auto grau de desenvolvimento, que se tomam como modelo ideal de sociedade e passam a combater o desejo da transformação.

Encarar aspectos isolados do problema na luta contra o subdesenvolvimento parece-nos algo ultrapassado, pois sabemos que as fórmulas tradicionais, as medidas isoladas e as concessões limitadas não bastam. A gravidade do problema requer urgentemente a adoção de uma estratégia global do desenvolvimento, comportamento e medidas convergentes por parte dos países desenvolvidos, assim como dos países em vias de desenvolvimento.

Só há um tipo de verdadeiro desenvolvimento: o desenvolvimento do homem. O homem, fator de desenvolvimento, o homem beneficiário do desenvolvimento. É o cérebro do homem a fábrica de desenvolvimento. É a vida do homem que deve desabrochar pela utilização dos produtos postos à sua disposição pelo desenvolvimento.


segunda-feira, 16 de março de 2015

Manifesto Comunista




A Degradação Ambiental no Socialismo e no Capitalismo - Guillermo Foladori






Alguns autores marxistas sustentam que as relações capitalistas são a causa da degradação ambiental.' Como resposta a este argumento é comum escutar que os ex-países socialistas degradavam a natureza tanto ou mais que os países capitalistas. Está implícito nessa resposta o argumento de que as relações econômicas pouco explicam o comportamento ambiental. As seguintes reflexões pretendem esclarecer alguns pontos desta discussão. A resposta à discussão acima posta requer três tipos de reflexão. O primeiro é reconhecer que um mesmo produto pode ser resultado de diferentes causas e mecanismos. O segundo é distinguir entre as tendências que provêm da estrutura do sistema, dos casos particulares. O terceiro é desvendar as forças que guiam a degradação no capitalismo e no socialismo.

“Um mesmo produto pode ser resultado de diferentes causas e mecanismos”

Uma metáfora pode ajudar a introduzir este argumento. Suponhamos que uma pessoa visite um médico preocupada com uma coceira no braço. O paciente sugere que pode ser devido a uma intoxicação. O médico receita algo e o indivíduo se cura. Dias depois, outro indivíduo com uma coceira semelhante visita o mesmo médico. Não identificam nenhuma causa, mas o médico supõe que pode ser uma intoxicação semelhante e receita o mesmo medicamento anterior. Mas, não há cura. Tempos depois, se descobre que o paciente, ao sair de sua casa, havia roçado em uma planta de urtiga que provocou a coceira. Ou seja, duas causas diferentes para o mesmo problema. Não obstante, não se conhece a causa, não há forma de curar. Para a degradação ambiental, a moral é que duas causas e mecanismos diferentes podem provocar degradação, mas se não se conhecem as causas e os mecanismos é difícil estabelecer políticas para correção. Se, no lugar da degradação, pensamos na produção agrícola, o exemplo pode ser semelhante. Ao mercado chegam produtos que foram produzidos utilizando-se inseticidas, praguicidas, herbicidas e outros produtos contaminadores; mas também chegam produtos similares, produzidos com técnicas não contaminadoras. O resultado é o mesmo: tomates. Ou seja, o produto não nos diz nem as causas nem os mecanismos mediante os quais foi produzido. Os estudos sobre as causas da degradação e/ou contaminação da natureza costumam distinguir entre causas estruturais e causas diretas ou imediatas 2 . Assim, por exemplo, a causa direta da contaminação atmosférica urbana pode ser o transporte de veículos, mas a causa estrutural é o sistema de transporte baseado no automóvel individual. A causa direta da contaminação do solo e da água pode ser o uso de agrotóxicos, mas a causa estrutural pode ter como raiz o sistema de produção para o mercado que força o aumento dos rendimentos menosprezando a sustentabilidade ecológica de longo prazo. Em qualquer caso, se não se conhecem as causas estruturais, as medidas de política ambiental podem não ser muito efetivas. A conclusão desta primeira reflexão é que degradações semelhantes podem ser resultados de motivações e mecanismos diferentes.
“As tendências gerais e os casos particulares”

Colocar a discussão em termos de se os países capitalistas degradam mais ou menos que os socialistas é, em certo sentido, enganoso. Pode ser válido se se distinguem, primeiro, tendências derivadas da estrutura de funcionamento capitalista e socialista e, além disso, se se mantém a análise em um nível puramente teórico. Quando se introduzem casos concretos, a análise anterior já não é mais válida, uma vez que além das tendências intrínsecas ocorrem fatos políticos e diversas características particulares. Tomemos o caso dos países capitalistas. Seria absurdo sugerir que todos eles têm níveis semelhantes de degradação da natureza. Existem vários índices que comparam os desempenhos ambientais dos países. Um deles é o Environmental Performance Index (EPI) . O EPI agrupa, por sua vez, vários índices sobre os seguintes temas: qualidade do ar, da água, impacto na mudança climática e proteção do solo (áreas protegidas, áreas de resíduos, reciclagem de vidro e papel). A figura 1, que reproduzimos do relatório principal do EPI, mostra o desempenho ambiental para 23 países capitalistas.


A relação entre o indicador de capacidade Social e Institucional do ESI e o desempenho Ambiental segundo o EPI

A figura mostra, em primeiro lugar, a disparidade entre os países. A Grécia, que está na base da escala, tem um desempenho de 35,5, que é menos da metade do que atinge a Suécia, que está no topo, com 74,9. De modo que o caráter das economias (neste caso, todas capitalistas) não é determinante de seu desempenho ambiental. Em segundo lugar, a figura mostra uma estreita correlação (de 0,71) entre o índice de "capacidade institucional e socia1 114 em relação ao desempenho ambiental medido pelo EPI (0,34). Isto leva os autores do EPI a assinalarem que a capacidade institucional e social é mais importante que o grau de pobreza para um bom desempenho ambiental, e que esforços para melhorar a governabilidade levariam a melhores resultados ambientais. 5 O mesmo acontecia nas economias socialistas. A análise realizada por Pavlínek & Pikles 6da degradação ambiental em cinco países da Europa Central (Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Bulgária, Romênia e Albânia), durante o período de socialismo de Estado, rompe com o dogma de considerar que a degradação da natureza nos ex-países socialistas como constante e homogênea. Uma conclusão geral sobre as últimas duas décadas de seu período socialista é que tais países tentaram seriamente - contra o que comumente se diz no Ocidente - aliviar a degradação ambiental, no mesmo momento em que isso ocorria no Ocidente. As medidas tomadas incluíam uma legislação ambiental Com limites de contamina- ção muitas vezes mais severos que no Ocidente. Também a transição à energia nuclear - apesar de Chernobyl em 1986 - foi considerada uma alternativa mais limpa que as centrais energéticas baseadas no carvão. Mas, tendo conseguido reduzir os índices de contaminação, as ações práticas foram limitadas, na medida em que estavam subsumidas ao sistema econômico e político socialista que colocava à frente de tudo o sistema de industrialização forçada. Segundo Pavlínek & Pickles, 8 o caráter mais extensivo do que intensivo da produção socialista foi, pouco a pouco, encontrando limites que não conseguiu superar. No início dos anos 1970, os países da Europa Central e Oriental tiveram que se endividar com o Ocidente. Tudo isso levou a um aprofundamento da lógica da industrialização forçada que acabou gerando ainda mais degradação ambiental. Além disso, a planificação centralizada, que impulsionava a industrialização a todo custo, subsidiou sistematicamente a energia, o que gerou um sobreconsumo e ainda mais desperdício. Em princípios da década de 1990, segundo algumas estimativas, as economias do Leste Europeu requeriam cinco vezes mais energia por unidade de Produto Interno Bruto que as da Europa Ocidental. 9 A partir destas e de outras informações semelhantes, pode-se concluir que cada país tem desempenho ambiental diferente, mesmo compartilhando seu caráter econômico, seja capitalista ou socialista. As diferenças dentro de um mesmo tipo de economia (capitalista ou socialista) estão relacionadas com as próprias características naturais de cada país, com sua posição geográfica, com sua história econômica, com a cultura de seu povo e, em grande medida, com as políticas específicas e seu funcionamento administrativo. De modo que as generalizações só podem expressar tendências não estatísticas, mas baseadas na abstração de mecanismos causais derivados das relações de produção e, portanto, não necessariamente presentes em nenhum caso. Mas isto não necessariamente significa que se pode atuar desconhecendo tais tendências estruturais. Para os países capitalistas, as tendências que explicam a degradação da natureza derivam do funcionamento do mercado. 1 ° Mas, isso não significa que estas tendências não possam ser, até certo ponto, revertidas com medidas políticas, cujos resultados são diferentes conforme cada caso concreto. Para as economias socialistas, não existe uma tendência intrínseca às relações de produção, já que a planificação consciente da economia faz da política o substituto do mercado capitalista como dotadora de recursos. Isto significa que a degradação da natureza pode ser, como no capitalismo, um resultado não procurado, mas, diferente do capitalismo, não há nada que impeça que a degradação seja reduzida às possibilidades da tecnologia e à vontade política. Gare" mostra diversas tendências de proteção da natureza de antes e durante as primeiras décadas da URSS, com expressões e legislação mais avançadas das que ocorriam na mesma época nos países capitalistas de vanguarda. Um caminho que, segundo o autor, não prosperou posteriormente. Além disso, no decorrer de poucos anos, um mesmo país pode ter desempenhos ambientais muito diferentes. De fato, a preocupação pela questão ambiental e as conseqüentes políticas de proteção decolam, basicamente, nos anos 1970. As primeiras políticas nacionais ambientais de grande impacto foram as de Avaliação de Impacto Ambiental e, nos Estados Unidos, quem primeiro as desenvolveu, isto não ocorreu até 1969. O mesmo é válido para os países socialistas: suas políticas ambientais se generalizam nos anos 1970. Os informes da OCDE mostram a variação nas economias de seus países membros indicando uma dinâmica de desempenho muito diferente durante a última década do século XX.' 2 O mesmo ocorre nos países socialistas. O caso de Cuba é paradigmático no que se refere ao desenvolvimento da biotecnologia como substituto de insumos químicos na produção agropecuária e como resposta às limitações de divisas e abastecimento de produtos químicos durante as últimas duas décadas.'

"As causas da degradação no capitalismo e no socialismo"

As leis do mercado comandam a economia capitalista. Isto significa que depredar ou contaminar a natureza supõe um benefício econômico para o responsável. Quando um processo econômico pode apropriar-se da natureza sem ter que pagar um preço por isso, então terá vantagens econômicas. O mesmo ocorre quando se contamina, já que se evitam os custos de tratamento dos efluentes. Por último, quanto mais rápido é o ciclo de rotação do capital, maior é o lucro, daí que os curtos ciclos de vida das mercadorias aumentam enormemente os resíduos. A conclusão é que a economia capitalista gera eficiência no interior de cada processo produtivo e ineficiência em termos sociais. Parte desta ineficiência se manifesta na degradação da natureza, outra parte mais importante na degradação da sociedade humana, com o aumento da pobreza e da desigualdade. De maneira espontânea, o sistema capitalista degrada a natureza. Isto pode ser revertido de certa medida, mas necessita de legislação e um processo de controle político e administrativo que sempre vai na contra-corrente das leis do mercado. O caso das economias socialistas é diferente. A política comanda a economia. A degradação da natureza não é um resultado das leis do mercado, mas da aplicação de um plano de produção consciente. Isto explica, por exemplo, que em muitos países da ex-União Soviética, a legislação de controle de produtos tóxicos fosse mais rigorosa que nos mais avançados países capitalistas, ainda que na prática não se aplicasse. Como funcionaram as motivações para a degradação ambiental nas ex-economias socialistas? Vários elementos devem ser considerados aqui: a) a tecnologia era uma tecnologia herdada do capitalismo de antes da consciência ambiental (antes dos anos 1970), uma tecnologia capitalista degradante em si mesma. Isto foi argumentado pelo ambientalista norte-americano Barry Commonert 4 ; b) a parte da produção que os países socialistas vendiam no mercado mundial estava sujeita às leis do mercado, já que seus preços deveriam ser competitivos com os dos países capitalistas, de maneira que as mesmas leis econômi-cas do capitalismo se aplicavam para os ramos da economia dependentes do mercado exterior; c) os planos de desenvolvimento estavam elaborados tendo como parâmetro a concorrência política com os países capitalistas. Concorrência na área armamentista, na segurança alimentar, na tecnologia etc. A guerra fria permeava os planos de desenvolvimento. Por último, e contraditoriamente, d) é conhecido que os defeitos da degradação ambiental são sentidos principalmente pela população como consumidora (antes do que como produtora), mas o socialismo real tinha poucos mecanismos para a participação dos consumidores na política, o que dificultava este tipo de expressão. Apesar disso, quando conseguiram organizar-se em vários países da Europa Central, tiveram um efeito impactante na queda dos antigos regimes socialistas, como é o caso mais destacado da Bulgária, no qual o movimento ecologista praticamente forçou o partido comunista a aceitar a legalização dos partidos de oposição e a chamar as eleições em 1990.15 No caso da União Soviética, a ecologia como ciência e a proteção da natureza foram, durante muito tempo, um espaço relativamente isolado da política oficial, que possibilitou o desenvolvimento de escolas científicas e de organizações de defesa da natureza possivelmente consideradas inofensivas pelo regime.' 6 Isto se trata do poder dos movimentos ambientalistas, muito distante da capacidade política de seus similares nos países capitalistas. No capitalismo, a degradação da natureza estava comandada pela economia. No socialismo, a degradação estava comandada pela política que atuava, por sua vez, com o objetivo de se igualar à economia capitalista. O interessante é que, ao estar a degradação comandada pela política, o resultado não é inevitável, como demonstra o caso da atual expansão da agroecologia e dos controles agrícolas biológicos em Cuba.

Conclusões

Comparar o nível de degradação dos países socialistas com os capitalistas, com o objetivo de justificar que as causas da degradação ambiental não tem nada que ver com as relações econômicas é, em grande medida, equivocado. Mesmo que o desempenho ambiental de um país não seja o resultado direto de suas relações econômicas, estas determinam as causas últimas de seu comportamento e são imprescindíveis para elaborar políticas ambientais. A maioria das políticas ambientais das economias capitalistas está baseada em instrumentos de mercado, isto é, em mecanismos para incorporar à lógica mercantil as externalidades, e corrigir os preços para orientar a produção em um sentido de defesa ambiental. Isto é assim não só porque há um reconhecimento implícito ou explícito de que as leis do mercado não contemplam insumos ou resíduos lançados ou provenientes da natureza, mas também porque se reconhece que as leis do mercado não defendem, por si mesmas, a natureza. Daí os esforços por elaborar uma teoria econômica que incorpore a natureza (economia ambiental ou economia ecológica) •17 No caso das economias socialistas, deve-se considerar que a política, mediante a planificação, comanda a economia; em função disso, não se pode explicar o desempenho ambiental a partir de tendências intrínsecas às relações de produção, como ocorre nas economias capitalistas. Mas, o que é também importante, é que o desenvolvimento da consciência ambiental é um avanço civilizatório, que vai além do tipo de relações econômicas e que está relacionado não somente com um desenvolvimento histórico da degradação da natureza, mas também com o nível de desenvolvimento tecnológico e de consciência que permite enfrentar, ao menos teoricamente, tais problemas. Isto não ocorreu em termos mundiais até o início da década de 1970, o que explica que as primeiras legislações favoráveis ao meio ambiente fossem deste período tanto nos países capitalistas quanto nos socialistas. Por último, as características concretas das economias socialistas, imersas em um mercado mundial capitalista e em concorrência com esta economia, são da maior importância para entender a degradação da natureza nos ex-países socialistas.

Resumo: Os escritores marxistas argumentam que são as relações sociais capitalistas as responsáveis pela degradação ambiental. Porém, outros acadêmicos nos lembram que a depredação e poluição da natureza nos ex-paí- ses socialistas foram iguais, ou ainda piores, que nos países capitalistas, implicando com isso que as relações sociais de produção não servem para explicar a degradação da natureza. As seguintes páginas pretendem clarificar alguns dos pontos dessa discussão.

domingo, 8 de março de 2015

Mapa Mundi



Brasil Político


Projeção de Peters e Mercator



Projeção de Mercator

Nesta projeção os meridianos e os paralelos são linhas retas que se cortam em ângulos retos.
Manteve as formas dos continentes mas não respeitou as proporções reais.
Nela as regiões polares aparecem muito exageradas.
Favorece as desigualdades econômicas, pois amplia de maneira desigual, e aumenta mais o Hemisfério Norte.
Excelente para a navegação.
Perfeita nos ângulos e formas.
Coloca a Europa no centro do mapa (Eurocentrismo).

Projeção de Peters
Alterou as formas em para manter as reais proporções dos continentes.
Apesar de deformar a forma dos continentes, esta projeção mantém a área proporcional dos continentes, mais próxima do tamanho real.
Destaque ao continente Africano no centro do mapa.
Propostas de Peters: Valorização do mundo subdesenvolvido, mostrando sua área real.

Lembre-se:

"por trás de cada mapa, sempre existe um conteúdo Político-Ideológico".


Projeções Cartográfica










Sabemos que a maneira mais adequada de representar a Terra como um todo é por meio de um globo. Porém, precisamos de mapas planos para estudar a superfície do planeta. Transformar uma esfera em uma área plana do mapa seria impossível se os cartógrafos não utilizassem uma técnica matemática chamada projeção. No entanto, imagine como seria se abríssemos uma esfera e a achatássemos para a forma de um plano. Com isso, as partes da esfera original teriam que ser esticadas, principalmente nas áreas mais próximas aos os pólos, criando grandes deformações de área. Então, para chegar a uma representação mais fiel possível, os cartógrafos desenvolveram vários métodos de projeções cartográficas, ou seja, maneiras de representar um corpo esférico sobre uma superfície plana.

Como toda projeção resulta em deformações e incorreções, às vezes algumas características precisam ser distorcidas para representarmos corretamente as outras. As deformações podem acontecer em relação às distâncias, às áreas ou aos ângulos. Conforme o sistema de projeção utilizado, as maiores alterações da representação localizam-se em uma ou outra parte do globo: nas regiões polares, nas equatoriais ou nas latitudes médias. É o cartógrafo define qual é a projeção que vai atender aos objetivos do mapa.

Os três principais tipos de projeção são:
           
Cilíndricas: consistem na projeção dos paralelos e meridianos sobre um cilindro envolvente, que é posteriormente desenvolvido (planificado). Uma das projeções cilíndricas mais utilizadas é a de Mercator, com uma visão do planeta centrada na Europa.

Cônicas: é a projeção do globo terrestre sobre um cone, que posteriormente é planificado. São mais usadas para representar as latitudes médias, pois apenas as áreas próximas ao Equador aparecem retas.
           
Azimutais: é a projeção da superfície terrestre sobre um plano a partir de um determinado ponto (ponto de vista). Também chamadas planas ou zenitais, essas projeções deformam áreas distantes desse ponto de vista central. São bastante usadas para representar as áreas polares.

Brasil: Extensão Territorial e posição geográfica




O Brasil é o quinto país mais extenso do planeta, sua área é de 8.514.876 quilômetros quadrados, apresentando-se inferior apenas à Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. O país está localizado na América do Sul, possui uma extensa faixa litorânea, com 7.367 quilômetros, e uma fronteira terrestre ainda maior (15.719 quilômetros), faz limite com dez países sul-americanos do continente. Apenas Chile e Equador não compartilham desta ligação. A grande dimensão territorial do país possibilita a existência de uma imensa diversidade de paisagens, climas, pluralidade cultural, além de uma grande biodiversidade.
O território brasileiro corresponde a, aproximadamente, 1,6% da superfície do planeta, 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da extensão territorial da América e 48% das áreas que constituem a América do Sul. A grande extensão do território brasileiro no sentido leste-oeste (4.319 quilômetros entre os pontos extremos) faz com que o país possua três fusos horários diferentes.
Todo o território brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, sua área pertence ao hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo norte do país, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério norte e 93% localizado no hemisfério sul. Cortado ao sul pelo Trópico de Capricórnio, apresenta 92% do território na zona intertropical (entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio); os 8% restantes estão na zona temperada do sul (entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico).

A localização geográfica de qualquer ponto do planeta é realizada através da latitude e longitude. No sentido leste-oeste do território brasileiro, os extremos são a Serra Contamana (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394 quilômetros de distância, onde estão o Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.

Formação Histórica e Geográfica do Território Brasileiro


Tratato de Tordesilhas

Assinado em 7 de Junho de 1494, partilhava o chamado Novo Mundo entre Portugal e Castela (Parte da Atual Espanha).


Tratado de Madri

Assinado em 1750 , entre D. João V, de Portugal , e D. Fernando VI da Espanha, serviu para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, substituindo o Tratado de Tordesilhas.


Tratado de Petrópolis 

Assinado em 1903 pelo Governo brasiliero e o Governo boliviano , formalizou a incorporação do Acre ao território brasileiro.

QUESTÕES - 8 ANO : PADRE JOSÉ DILSON DÓREA

QUESTÕES : AMÉRICA LATINA 1. SOBRE A REGIONALIZAÇÃO DO CONTINENTE AMERICANO , RESPONDA: A. QUE CRITÉRIOS PODEMOS UTILIZAR PARA REGION...